Reuters Brasileiro se destaca na Parada Gay francesa

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O homem cantou e dançou durante o trajeto da Parada, sempre segurando uma bandeira do Brasil.

Cerca de 800 mil pessoas participaram da Parada Gay na capital francesa, embora a polícia local não tenha fornecido um balanço oficial.

Dezenas de caravanas desfilaram da Torre Montparnasse, sul de Paris, até a célebre praça da Bastilha. A festa foi colorida com muitos participantes fantasiados, principalmente de policiais que metralhavam a multidão com pistolas de jato d'água.

A transexual argentina Mônica, fantasiada de Marianne, símbolo nacional da França, chegou a exibir seu corpo nu, mas a maioria dos manifestantes desfilou discretamente, sem fantasias.

Em meio aos defensores do direito à igualdade estavam pessoas como Cathy, 33 anos, e Dee, 39 anos, que não querem filhos, mas desejam que isso seja permitido aos homossexuais. "Queremos ser tratados como todo mundo", afirmaram.

"Nós queremos, nós casamos" era o lema de um carro alegórico dos homossexuais cristãos da Associação "David e Jonathan", que exigem o direito ao casamento "por princípio e pela igualdade".

A Parada Gay deste ano adotou tons políticos, com o lema Igualdade em 2007, principalmente porque faltam 10 meses para as eleições presidenciais francesas.

O Partido Socialista colocou pela primeira vez em seu programa que "o matrimônio e a adoção sejam abertos aos casais de mesmo sexo", duas reivindicações defendidas pelos Verdes e o Partido Comunista francês.

Entre os participantes desta manifestação estava o prefeito de Paris, Bertrand Delanoe. O ex-ministro da Cultura, o socialista Jack Lang, também fez questão de participar, já que milita há muito tempo por uma reforma do código civil que incorpore os direitos dos homossexuais.

Cabe recordar que Lang enviou votos de felicitação a Elton John quando o cantor se casou com o namorado em dezembro passado.

O Gay Lib, grupo associado ao Partido União por Um Movimento Popular (UMP, direita, no poder na França) desfilou com seu próprio carro, mas sem a presença de personalidades políticas relevantes.

Os manifestantes fizeram, às 16h locais, três minutos de silêncio "em memória das vitimas da Aids, para que não se esqueça que esta praga continua fazendo estragos".