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Parada Gay 2006
Sábado, 17 de junho de 2006, 19h20 
Público leva clima de Copa do Mundo à Parada Gay
 
Marcelo Pereira/Terra
parada, trio com bandeiras, interna
parada, trio com bandeiras, interna
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O clima de Copa do Mundo tomou também a 10ª Parada do Orgulho GLBT de São Paulo, que aconteceu neste sábado, na avenida Paulista, em São Paulo.

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Especial da Parada Gay 2006!

Vestido de verde-amarelo, Lucio Mauro Boaventura, enfermeiro, dançava e aproveitava o momento para torcer pela seleção brasileira de futebol, um dia antes do jogo do Brasil contra a Austrália, pela Copa do Mundo da Alemanha.

"São duas festas contra o preconceito. É botar a bola pra frente e ser hexacampeão", disse Boaventura.

Entre o público também estava o cabeleireiro Flávio Monteiro, que participa pela sétima vez da parada. "Eu gostei mais (da parada deste ano acontecer) no sábado, porque está cheio, mas não aglomerado como no ano passado", disse ele, com vestido colorido e maquiagem verde nos olhos.

"O clima de Copa não atrapalhou não, tem muito bicha por aí 'montado' de Copa porque também gosta de futebol", disse o cabeleireiro.

Além de torcer pela Seleção Brasileira, os participantes também aproveitaram a parada para fazer protestos e alguns deles, como Indira Siqueira Valença, 35, promoviam a religião.

Integrante da Igreja Para Todos, Valença distribuía folhetos convidando o público homossexual a participar também. "A Igreja é para todos, Deus é para todos, Jesus veio para todos", disse ela durante a parada. "Deus fez cada um, e a cada um cabe aceitar como é", acrescentou em meio a várias pessoas fantasiadas em um dia ensolarado.

A primeira edição da parada aconteceu em junho de 1997 e reuniu 2 mil participantes. Em 2000, o número de participantes cresceu para 120 mil pessoas, e evoluiu para 1 milhão de pessoas em 2003, quando o tema foi "Construindo Políticas Homossexuais", segundo informações da organização do evento.

Em 2005, participaram da parada 2,5 milhões de pessoas, de acordo com a associação. Já de acordo com a PM foram 1,8 milhão de participantes.

Mas na edição deste ano, nem todos se sentiam à vontade na parada. O médico Albério Machado, 70, veio de Salvador a São Paulo participar de um congresso de medicina e se viu impedido de atravessar a avenida Paulista para chegar a seu hotel por causa da multidão colorida que estava no meio do caminho.

"É a primeira vez que estou vendo isso. É estranho... estranho", disse Machado. "Eu realmente nunca vi isso, a minha geração é diferente da de hoje."
 

Reuters

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