> Diversão  > Gente & TV


 Especiais
BBB 9

 Sites relacionados
Caras
Cinema & DVD
Diversão
IstoÉ Gente
Música
OFuxico
Séries de TV
Séries Online
Sonora

 Notícias por e-mail

 Fale conosco

Entrevistas
Domingo, 9 de abril de 2006, 12h00 
Carlos Nascimento dá novos ares ao "Jornal do SBT"
 
Luiz Almeida
 
Carta Z Notícias/Divulgação
Carlos Nascimento está há um mês a frente do  Jornal do SBT
Carlos Nascimento está há um mês a frente do Jornal do SBT
 Últimas de Entrevistas
» Marcelo Valle se divide entre o teatro e 'Paraíso Tropical'
» Leonardo Vieira se destaca como policial justiceiro de trama
» Fernanda Paes Leme vai se atirar em cima dos homens na TV
» Personagem de Chris Couto sofre com falta de namorado
Busca
Busque outras notícias no Terra:
Ao assumir a vaga de Hermano Henning no comando da edição noturna do Jornal do SBT, Carlos Nascimento teve uma única preocupação: dar uma nova feição ao telejornal que era apresentado pelo colega de emissora. A empreitada, por sinal, pode ser comprovada diariamente. Há mais de um mês à frente da bancada do informativo, Nascimento realmente vem conseguindo imprimir um outro perfil ao telejornal. A principal mudança é que ele vem fazendo comentários das matérias veiculadas a cada dia. "Determinados assuntos devem ser comentados, pois há um vazio a ser preenchido. Por isso, emito uma opinião, mas sem ser pedante", acredita.

Contratado por quatro anos, Carlos Nascimento ainda pretende realizar novas mudanças no Jornal do SBT. A primeira delas é aumentar a atual equipe, que tem um enxuto "elenco" de 14 profissionais, e contar com repórteres e colaboradores exclusivos, além de também poder utilizar os correspondentes do SBT espalhados pelo mundo. "A emissora está reimplantando o departamento de jornalismo. E tudo deve ser feito com paciência. Mas vamos chegar lá", vislumbra.

Prestes a comemorar 30 anos de tevê - ele começou em 1977, na Globo, como repórter do Bom Dia São Paulo -, Carlos Nascimento tem ficado atento aos números de audiência. E pretende, no mínimo, continuar mantendo a média de 6 pontos. "Assim como fizemos no Jornal da Band, um telejornal que não imitava o Jornal Nacional, vamos repetir o êxito", empolga-se.

O William Bonner, do Jornal Nacional, da Globo, disse que o telespectador brasileiro é passivo diante da informação que recebe. Você concorda com a opinião dele?
Não acredito que o telespectador seja tão passivo como ele disse. Pelo contrário. O público está mais maduro, questiona mais e não aceita uma tevê malfeita. Tento, por isso, fazer com que o Jornal do SBT seja feito da melhor maneira possível e atenda a todas as classes sociais. Nivelamos por cima e não colocamos matérias policialescas, que tenham como apelo a violência.

Há pouco mais de um mês à frente do Jornal do SBT, qual é o balanço você faz do telejornal?
O Jornal do SBT passou a ser mais opinativo, o que é uma característica das edições de fim de noite de qualquer informativo. Faço pequenos comentários, assim como fazia no Jornal da Band. Faço isso pois acredito que determinados assuntos pedem uma conclusão. Alguns temas, quando acabam a reportagem, criam um vazio e pedem um pequeno comentário, já que o telespectador quer ouvir alguma coisa além.

Não fica com receio de parecer um tanto pedante ao comentar as matérias?
O papel do âncora é esse. Na minha opinião, ele deve ser o representante da sociedade, tem de "encarnar" a figura da pessoa comum. É difícil fazer isso, mas é nossa missão. Temos de ser a voz do pensamento do brasileiro médio, reagindo como as pessoas reagiriam. Me esforço para fazer da melhor maneira possível.

É difícil assumir a bancada de um telejornal que há bastante tempo era comandado pelo mesmo apresentador?
Com certeza. Toda vez que existe uma troca, em primeiro lugar é preciso conquistar a cumplicidade do público já existente, o que não é fácil. Em segundo lugar, também é preciso agregar e trazer novos telespectadores. Essa foi a minha maior preocupação. Precisava fazer algumas mudanças, trazer mais ousadia, mas sempre com cautela. Isso porque as pessoas se habituam com o telejornal, com o apresentador, e qualquer alteração pode fazer com que o público abandone.

O Silvio Santos é reconhecidamente uma pessoa que mexe na programação de modo um tanto intempestivo. Não fica com medo?
Quando vim para cá, as pessoas falavam para tomar cuidado, porque, de uma hora para outra, o Silvio faz alguma mudança. Mas não tenho de ficar preocupado com isso. Me preocupo com as decisões de pessoas que não conhecem o funcionamento da tevê. O Silvio, ao contrário, sabe e conhece muito bem o assunto.
 

TV Press
Imprimir Enviar