Alexsandra Bentemuller/Terra |
Sônia Abrão comanda o programa Sônia e Você na Record |
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Sônia Abrão, 46 anos, tem uma veia rebelde. A apresentadora da Record garante que é do tipo que briga pelo que acredita. Nos bastidores, alguns a consideram figura sui generis da televisão. "Sou boa de briga", afirma.
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Entrevista Sônia Abrão
"Falo o que penso e não minto para meu público. Prefiro falar o que sinto, mesmo que as pessoas condenem a minha opinião. O público não engole discurso. Se alguém manda um e-mail malcriado, eu respondo no mesmo tom", diz.
Mas sua língua solta custou episódios embaraçosos. Num momento ímpar da sua carreira, a apresentadora foi às últimas conseqüências para entrevistar, em 1998, Denise Tacto, ex-mulher do ator Gerson Brenner que na época estava grávida de oito meses.
Sônia fazia uma reportagem para o programa Domingo Legal, exibido pelo SBT, sobre o estado de saúde de Brenner. O ator havia sido ferido com um tiro na cabeça durante tentativa de assalto na rodovia Ayrton Senna, quando viajava de São Paulo para o Rio de Janeiro.
"Eu levei chutes e beliscões de funcionários da Globo que queriam exclusividade na entrevista. Eles ainda puxavam o cabo para interromper a transmissão do SBT. Foi agressão pra valer. Mesmo assim, permaneci firme. Fiz questão de detalhar todo o ataque ao vivo no Domingo Legal. Eu dizia: 'Gugu, estou sendo agredida. Fui ameaçada pelo médico da Denise, Malcolm Montgomery. Ele prometeu divulgar uma nota alegando que a Denise está entrando em trabalho de parto por minha causa'. Foi uma confusão", lembra.
Em outro episódio, a desavença foi com a cantora Gretchen. "Meu programa, na época exibido pelo SBT, foi o único a mostrar que a Gretchen não era uma vítima. Eu tenho certeza que o Cláudio Farias (ex-noivo da cantora acusado de espancá-la em 2002) era inocente. Eu sei qual é o perfil de uma mulher agredida de verdade. Ela não se casa dois meses depois de levar uma surra e tampouco posa nua vestida de noiva. Ela estaria traumatizada se tivesse levado os golpes disse", disparou.
E é sem culpa que Sônia Abrão julga as personalidades que fogem do registro de celebridade, como o compositor e escritor Chico Buarque, que se envolveu no início do mês em uma polêmica ao ser flagrado beijando uma mulher casada numa praia carioca.
"Por desejo ou amor, ele deveria ter preservado a identidade da mulher que estava como ele. Talvez, inconscientemente, os dois quisessem mesmo aparecer. Acho um tremendo absurdo Chico Buarque alegar que o episódio foi invasão de privacidade. Ele não estava numa praia particular", avalia.
Quando o assunto é programa de voyeurismo de celebridades instantâneas, ela responde de bate-pronto. "Big Brother é um programa chato e repetitivo. É a eterna briga entre o bem e o mal", fala.
E divaga: "Prefiro o Pânico na TV. Eles são cruéis, mas colocam no lugar essas celebridades que estão se achando muito. É o desabafo de muita gente."
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