> Diversão  > Gente & TV


 Especiais
BBB 9

 Sites relacionados
Caras
Cinema & DVD
Diversão
IstoÉ Gente
Música
OFuxico
Séries de TV
Séries Online
Sonora

 Notícias por e-mail

 Fale conosco

TV
Terça, 1 de abril de 2008, 16h24  Atualizada às 16h31
Jornalista quer manter tradição em casamento religioso gay
 
Flávia Faccini
 
Divulgação
Felipeh Campos e Rafael Scapucim vão se casar em abril
Felipeh Campos e Rafael Scapucim vão se casar em abril
 Últimas de TV
» CORRIGE-Cantor Elton John é pai pela segunda vez
» Cantor Elton John é pai pela segunda vez
» CORREÇÃO-Jodie Foster anuncia que é lésbica no Globo de Ouro
» Jodie Foster anuncia que é lésbica no Globo de Ouro
Busca
Busque outras notícias no Terra:
Bem-casados, aliança, bolo com bonecos dos noivos no topo. Esses e outros itens que fazem parte de um casamento tradicional estarão presentes na cerimônia que celebrará a união de Felipeh Campos, 34 anos, e Rafael Scapucim, 26, no próximo dia 10 de abril, em São Paulo.

» Foto ampliada Felipeh Campos e Rafael Scapucim
» Veja fotos de Felipeh Campos e Rafael Scapucim
» Pai de Santo vai celebrar casamento gay em São Paulo

Juntos há cinco anos, o jornalista da Rede TV! e o produtor de moda assinarão um contrato oficializando a união estável e realizarão uma cerimônia que, segundo eles, será o primeiro casamento religioso gay do Brasil.

"Assim que anunciamos o casamento, surgiram boatos de que não seríamos os primeiros, mas quem mais fez lista de presentes, distribuiu convites e se casou perante os familiares?", dispara Felipeh, que começou como dublador do programa Qual É A Música?, no SBT.

Se o casamento é tradicional, o jornalista faz questão de afirmar que a união dos dois segue os mesmos moldes.

"Rafael foi quem me colocou na linha. Quando nos encontramos, deixamos de lado baladas e histórias paralelas em busca de uma união estável", afirma.

A dupla se conheceu em 2003, em um bar na capital paulista. "Nos olhamos muito, mas não chegamos a conversar", conta Felipeh. Foi só na terceira vez em que se encontraram por acaso que um amigo em comum resolveu dar um empurrão no destino e intermediou a troca de telefones.

"Gay é muito virtual, nada começa cara a cara, nos conhecemos melhor por telefone mesmo", admite. A relação só engrenou cerca de nove meses depois, período em que, eles juram, não tiveram outros relacionamentos.

Filho de comerciantes católicos nascido em Higienópolis, bairro de classe alta de São Paulo, Felipeh afirma não ter sofrido preconceito da família por sua opção sexual.

"Rafael foi meu quarto namorado, mas desde o princípio, nunca tive problemas. Tive uma criação tranqüila, meu pai foi proprietário de uma das primeiras casas gays de São Paulo", conta.

Já o produtor de moda Rafael passou por uma experiência diferente. "Ele tem avó e pai evangélicos, é mais complicado", resume Felipeh. O jornalista, porém, afirma que ambos confirmaram presença na cerimônia. "Se não forem, é muita ignorância", dispara.

O casamento acontecerá seguindo os preceitos do candomblé, religião dos noivos. A cerimônia será conduzida pelo babalorixá Pai Cido de Oxum e, segundo o jornalista, desmitificará certos estereótipos sobre o público GLS.

"Não é um casamento aonde só irão drag queens, travestis. Estou convidando famílias, crianças, e quero fazer tudo como manda o protocolo. Sou um eterno apaixonado pelo Rafa, pela vida. Se o Elton John pôde celebrar o amor, porque eu não poderia?", questiona.

A celebração tem também outro objetivo, de ordem mais prática. "Tive um amigo cujo namorado faleceu e que teve que brigar com a família - que não os reconhecia como um casal - pelos bens que construíram juntos", conta.

Após a cerimônia, os noivos embarcam para a lua de mel em São Francisco, nos Estados Unidos. Apesar da originalidade da celebração, os desejos da dupla são idênticos aos de outros tantos casais que oficializam suas uniões diariamente. "Queremos comemorar nossa felicidade ao lado das pessoas que amamos", finaliza Felipeh.


 

Redação Terra
Imprimir Enviar