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Sábado, 29 de março de 2008, 12h05 
Pai de santo vai celebrar casamento gay em SP
 
Vagner Magalhães
 
Divulgação
Felipeh Campos e Rafael Scapucim vão fazer o primeiro casamento gay religioso
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Uma cerimônia de candomblé e uma festa para cerca de 600 convidados marcarão o casamento do jornalista Felipeh Campos, 34 anos, e do produtor Rafael Scapucim, 26 anos, no próximo dia 10 de abril em São Paulo. A cerimônia religiosa ficará sob a responsabilidade de Pai Cido de Eyin Oxum, que pela primeira vez realizará um casamento entre pessoas do mesmo sexo.

» Foto ampliada Felipeh Campos e Rafael Scapucim
» Veja fotos de Felipeh Campos e Rafael Scapucim

Tranqüilo, Pai Cido afirma que está preparando o texto para a realização da união. Segundo ele, a "palestra" será em torno da igualdade, do não-preconceito e do direito que dois homens têm de se unir.

"Essa é uma situação incomum na cabeça de muita gente, mas cada um tem o direito de escolher o que quer para a sua vida. O amor tem de prevalecer", disse.

A cerimônia será realizada no mesmo espaço onde vai acontecer em uma casa de eventos de São Paulo. O pai-de-santo afirma que o candomblé é uma religião sem restrições e que lida com as forças da natureza, como água, terra, fogo e ar.

"Esses elementos não têm sexualidade. A sociedade impõe que duas pessoas do mesmo sexo não podem se beijar e namorar. O candomblé lida muito com a aceitação de todos os tipos de pessoa, enquanto, por exemplo, católicos e evangélicos abominam esse tipo de união. É justamente essa liberalidade que faz com que muitos homossexuais se aproximem do candomblé", diz.

Segundo o ritual, os dois noivos entrarão descalços e estarão acompanhados por um coral de baianas, de filhas de santo e ao som de atabaques. Os noivos entrarão juntos, vestindo batas brancas, como manda a tradição afro. No altar, flores, pipoca e milho servirão de oferendas aos orixás. Na crença do candomblé, a pipoca significa vida e o milho é símbolo de fartura.

Felipeh Campos se diz ansioso pela cerimônia, que ele planeja ser impecável. "Não somos ativistas de nenhum movimento gay e não queremos mudar o comportamento de ninguém. Apenas achamos que devemos comemorar nossa união, nosso amor, como faria qualquer casal apaixonado, com tudo o que temos direito. Está na hora desse patrulhamento todo acabar. Porque o Elton John pode e a gente não? A gente pode sim. E vai ser lindo", finalizou.
 

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