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Domingo, 19 de agosto de 2007, 13h56  Atualizada às 13h52
'Vidas Opostas' prova que violência não afasta público
 
Márcio Maio
 
TV Record/Divulgação
Heitor Martinez e Maytê Piragibe em cena de 'Vidas Opostas'
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Quando estreou, em novembro do ano passado, Vidas Opostas mostrava já na abertura o que o telespectador assistiria ao longo desses dez meses de exibição. A metralhadora aparecendo entre os créditos da história deixava claro que o contraste entre a vida no morro e no asfalto contaria com cenas carregadas da violência urbana costumeiramente restrita aos telejornais.

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O que não estava garantido era que isso teria a aprovação do público. O fato é que, na reta final, a novela mantém 20 pontos de audiência e deve encerrar com média geral de 18 pontos, o segundo melhor resultado da emissora em teledramaturgia. Só não conseguiu bater Prova de Amor, de Tiago Santiago, que assina a autoria da substituta Caminhos do Coração, com estréia marcada para o próximo dia 28.

Disposto a abordar a fundo problemas que já são velhos conhecidos das páginas dos jornais - como as milícias, policiais corruptos e tráfico de drogas - , o autor acertou na hora de dosar as cenas fortes com um leve toque de humor e ironia em seus bandidões.

Pode-se dizer que os traficantes foram humanizados, com direito a sentimentos dignos dos mocinhos dos folhetins. Jacson, de Heitor Martinez, viu na doce Joana, interpretada por Maytê Piragibe, seu ponto fraco, assim como seu companheiro Torres, de Nill Marcondes, que se apaixonou pela prostituta Daniela, vivida por Gabriela Durlo.

Os traficantes foram retratados de um jeito que a teledramaturgia não costuma fazer. Mas Marcílio Moraes assegura que todos os traficantes do Torto vão ter seu castigo, morrendo no final. Menos Torres, que terá direito a um final feliz, regenerando-se ao lado de Daniela.

Durante esses dez meses, outros fatores favoreceram Vidas Opostas. A direção da Record acertou reservando cenas fortes e de impacto para as quartas-feiras em que a Globo exibiu jogos de campeonatos regionais de futebol. Chegou a, por duas semanas consecutivas, liderar a audiência isolada durante alguns minutos, alcançando 22 pontos de média, 26 de pico e 31% de share na audiência.

Fora o fator estratégico, a Record contou também com a sorte. Quando, em junho, a Globo exibiu a microssérie A Pedra do Reino, quem levou vantagem foram os marginais do Torto, que garantiram, por quase uma semana, a liderança no horário.

Além de inovar, Vidas Opostas também serviu para reafirmar o talento e a versatilidade de alguns profissionais. Heitor Martinez encerra a novela merecendo todas as vitórias alcançadas pela obra ao lado do ator Marcelo Serrado, que convenceu na pele do psicopata Delegado Nogueira.

Cecil Thiré e Flávia Monteiro conseguiram ofuscar os outros vilões da parte rica da história e Maytê Piragibe, para sua primeira protagonista, não fez feio.

Depois do sucesso de Vidas Opostas, Tiago Santiago tem ainda mais chances de fazer com que Caminhos do Coração ultrapasse seu próprio recorde, de Prova de Amor. É só manter o padrão de cenas de ação aliadas ao tom de romance e aos cenários cariocas, mistura que já está se tornado especialidade da emissora.
 

TV Press
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