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Cidadao Brasileiro
Sábado, 14 de outubro de 2006, 12h01 
Bom texto não basta para tornar "Cidadão Brasileiro" atraente
 
Gabriela Germano
 
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A novela Cidadão Brasileiro, da Record, é quase toda bem escrita. Com exceção do núcleo dos hippies, que foi adicionado à trama na nova fase do folhetim e tem falas excessivamente superficiais, todos os diálogos são consistentes e geralmente bem defendidos pelos personagens.

Leia o resumo da novela

O bom texto, porém, praticamente cai por terra com a lentíssima edição. Os capítulos não alcançam um clímax e há uma ausência completa de ação nas cenas. Fica difícil manter a atenção durante todo um capítulo e a trama se transforma em um verdadeiro teste de concentração.

Ao acompanhar um episódio do início ao fim, a sensação é de que diferentes personagens apenas se intercalam em quadros seguidos. A novela pula de uma cena para outra, em uma mera sucessão de diálogos. Por mais que a Guerrilha do Araguaia, momento da História brasileira de grande importância na trama, possa trazer dinamismo à história, fica faltando alguma coisa.

O núcleo dos jovens ativistas políticos, por exemplo, é um dos mais relevantes desta fase da novela. Mas os atores não conseguem fazer jus à importância de seus personagens. José Roberto Jardim, que interpreta João, ainda convence. Já Maytê Piragibe, que dá vida a Eleni, esforça-se para incorporar uma guerrilheira durona, mas é doce demais. A atriz não conseguiu encontrar o tom apropriado.

Quem continua segurando a trama são os personagens que estão na novela desde o início. Paloma Duarte, Tuca Andrada e o protagonista Gabriel Braga Nunes se mantêm muito seguros e fazem a gente acreditar que vale a pena gastar mais um pouco de tempo em frente à tevê.

Outro que merece destaque nessa história é Bruno Ferrari, que interpreta Marcelo. O jovem ator que na Globo ficava restrito a papéis de adolescentes imaturos, - como o Cadu, de Malhação - conseguiu na Record um personagem bem mais consistente e é uma das melhores atuações de Cidadão Brasileiro.

É quase dispensável dizer que o veterano Lauro César Muniz é um mestre no ofício de escrever. Mas sua atual novela não seduz um público cada vez mais ávido por ação e rapidez. Se a boa história e uma maioria de atores competentes não fossem os únicos atrativos da novela da Record, a emissora conseguiria até ir além dos nove pontos de média que conquista atualmente. No pé em que está, é uma boa novela, mas feita para poucos.
 

TV Press
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