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Os roteiristas de televisão dos Estados Unidos entraram em greve nesta segunda-feira pela primeira vez em 20 anos, informou em comunicado o presidente da Aliança de Produtores de Cinema e Televisão (AMPTP, sigla em inglês), Nick Counter.
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Counter qualificou esta medida de "irresponsável" por parte dos integrantes do Sindicato de Roteiristas Americanos (WGA, sigla em inglês), já que "as negociações estavam avançando" após a reunião deste domingo com a AMPTP.
Com a greve, exigem que os novos canais de distribuição - venda das séries de televisão em DVD e as transmissões das séries através da internet - também gerem lucro aos roteiristas, mas com condições que foram definidas de inalcançáveis diante da realidade financeira do setor.
"Tentamos definir posições em algumas de suas reivindicações principais, incluindo a difusão na internet e a jurisdição nos novos meios. No final, o sindicato estava pouco disposto a chegar a um acordo na maioria de suas principais reivindicações", diz Counter.
O presidente da WGA no litoral oeste dos EUA, Patric Verrone, afirmou que a posição do sindicato "é muito simples e justa". "Quando o trabalho de um escritor gera renda para as companhias, ele merece ser pago", afirmou.
"Quando pedimos que 'parassem o relógio' com o propósito de adiar a greve para permitir que as negociações continuassem, eles não aceitaram", respondeu Counter, que indicou que a greve deve atrapalhar as filmagens de seriados famosos como Lost, 24 Horas e Law and Order: Criminal Intent, programadas para os próximos meses.
Verrone disse que "nos últimos anos, conglomerados desfrutaram de enormes recompensas financeiras graças a dezenas de milhares de pessoas, incluindo membros da comunidade criativa". "Embora a fatia da indústria siga crescendo, a nossa está diminuindo", afirmou.
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