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Domingo, 10 de junho de 2007, 17h49 Atualizada às 23h39 Parada Gay de São Paulo bate recorde com 3,5 milhões de pessoas |
A 11ª Parada do Orgulho GLBT de São Paulo superou o público de 2006 e bateu recorde este ano com 3,5 milhões de pessoas, segundo estimativas da organização do evento.
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A festa começou às 13h na avenida Paulista e contou com a passagem de 21 trios elétricos que animaram a multidão. Pouco antes das 18h, tempo previsto para liberação da avenida, já não havia mais nenhum trio na Paulista.
O evento continuou pela Consolação e foi encerrado pelo trio dos DJs Fischerspooner, que foi direto para a última parte da festa e não passou pela Paulista após ficar preso em um viaduto por causa da altura.
Considerada a maior manifestação de homossexuais do mundo, a parada, sob o lema Por um mundo sem racismo, machismo e homofobia teve apoio financeiro oficial pela primeira vez, incluindo patrocínio da Petrobras e da Caixa Econômica Federal.
A ministra do Turismo, Marta Suplicy, que já foi prefeita de São Paulo e sempre apoiou o evento, o ministro dos Esportes, Orlando Silva, assim como o atual prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, assistiram ao começo da manifestação para externar o apoio ao movimento e rechaçar qualquer tipo de discriminação.
Kassab abriu a festa afirmando que a Parada Gay pode se tornar o evento mais rentável para a capital paulista, passando a Fórmula-1. Marta Suplicy engrossa o coro com o prefeito.
"O turista gay é melhor pela própria circunstância. Não tem filhos, consegue ter um padrão de vida mais alto. O turismo gay é indispensável no mundo todo. Essa festa é para eles. Temos hotéis e restaurantes lotados", disse ela.
Famílias
A festa deste ano contou com um número muito alto de crianças, que foram acompanhadas de pais heterossexuais.
"Tenho amigos que são gays. As pessoas devem se informar. Acho que tem que existir a parada mesmo, para abrir a mente do povo", disse a pernambucana Ângela Maria Maze, 44 anos, que estava acompanhada do filho Pedro, 1.
Em clima de harmonia, crianças pequenas levantaram bandeiras do movimento. Muitas curtiram a festa no colo e ombros dos pais.
Violência
A Parada Gay deste ano também foi marcada pelo alto índice de furtos e roubos e por algumas brigas entre os participantes.
A Polícia Militar chegou a recomendar que as pessoas não levassem celulares e carteiras, objetos mais visados pelos assaltantes que circularam no evento.
A estudante Amanda Galvão, 23 anos, ficou até o fim da festa e reclamou que o evento "foi muito tumultuado este ano". "As pessoas esquecem o que é importante para os nossos direitos", disse ela.
Com agência Reuters