Parada Gay 2007

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Parada Gay 2007

Terça, 5 de junho de 2007, 19h11  Atualizada às 19h06

Segurança dos participantes da Parada Gay ainda preocupa

Reinaldo Marques/Terra

Regina Facchini, vice-presidente da APOGLBT, falou da importância de denunciar agressões
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A menos de cinco dias da realização da 11ª edição da Parada do Orgulho GLBT de SP, que acontece no dia 10 de junho na av. Paulista, a segurança dos manifestantes ainda é motivo de discussão.

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Com os recentes ataques de skinheads na região da rua Augusta e Consolação, a Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo (APOGLBT), está alerta com a possibilidade de possíveis manifestações contrárias ao movimento, embora 14 postos da polícia militar estarão posicionados para atender a demanda de público.

Em reunião com jornalistas na tarde desta terça-feira, Regina Facchini e Nelson Matias Pereira, respectivamente vice-presidente e presidente da APOGLBT, afirmaram que a associação não teve qualquer conhecimento sobre ataques nas regiões da av. Paulista e Consolação durante a parada de 2006, mas que qualquer queixa não será aceita com impunidade.

"Em uma pesquisa que realizamos, constatamos que 2 em cada 3 dos homossexuais presentes na movimentação já sofreram algum tipo de agressão na vida. Desses, 60% não chegaram a comentar isso com ninguém", diz Regina Facchini.

Para evitar que manifestações homofóbicas continuem, os participantes da parada receberão uma cartilha com orientações no caso de qualquer tipo de agressão, seja ela dentro e fora do movimento. "A parte mais importante desta cartilha chama 'Não se cale'. Nós informamos sobre o que as pessoas devem fazer quando seus direitos são violados", adiciona.

Além da luta contra a agressão homofóbica, a APOGLBT não ignora a possibilidade de outras manifestações políticas. No ano passado, grupos religiosos distribuíram panfletos pedindo a "salvação das comunidades homossexuais". A Marcha Para Jesus, realizada eventualmente no mesmo mês da parada, perdeu a autorização para se manifestar na av. Paulista, medida que foi recebida com protestos da comunidade evangélica.

Contrário a essa idéia, a ONG feminista Católicas pelo Direito de Decidir vai coordenar um trio elétrico no dia do evento, espalhando conceitos religiosos, luta contra o machismo e idéias de aceitação dos homossexuais. Serão 100 banners espalhados pela avenida, com a idéia de que "todo amor é sagrado".

"Na parada faremos um apelo para que a lei contra a homofobia entre em vigor", enfatizou Regina.

Segundo Cássio Rodrigues, responsável pela Coordenadora de Assuntos da Diversidade Sexual, 800 homens da polícia militar farão o cordão de segurança na av. Paulista. Reuniões com a Guarda Civil Metropolitana também acontecerão nos próximos dias, com a intenção de que o policiamento aumente também nas ruas onde as agressões aconteceram.

Redação Terra