Reuters |
"Casais e paternidade: a igualdade agora" foi o lema central da Parada Gay de Paris |
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Centenas de milhares de pessoas participaram neste sábado, em Paris, da Parada do Orgulho Lésbico, Gay, Bissexual e Transexual (LGBT, na sigla em francês), antes chamada simplesmente de "Parada do Orgulho Gay", pedindo uma lei para o casamento e o direito à adoção para casais homossexuais.
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Entre 300 mil pessoas, segundo a polícia de Paris, e 700 mil, segundo os organizadores, participaram do evento.
A participação foi mais tímida que a do ano passado, quando o enorme desfile reivindicatório reuniu meio milhão de pessoas, segundo a polícia, e 700 mil, segundo os organizadores.
"Casais e paternidade: a igualdade agora", tema da marcha, estava estampada em um cartaz exibido no início do desfile, enquanto o fotógrafo italiano Oliviero Toscani fotografava de um carro de som aqueles que solicitavam.
Alain Piriou, porta-voz da Inter-LGBT, organizadora da manifestação, pediu aos partidos políticos e ao governo para "mudar a lei" e autorizar o casamento e a adoção para casais de homossexuais.
A organização exige uma reforma do pacto civil de solidariedade (Pacs), com a finalidade de suprimir as diferenças que considera "injustificáveis entre casais casados e casais com direitos ligados à vida cotidiana (direito de moradia, direito vinculado à morte do parceiro, etc.)."
A entidade reivindica ainda uma reforma no código civil para que casais de mesmo sexo possam contrair matrimônio e que todos os casais, casados ou não, possam adotar crianças.
Segundo números da APGL, "na França, estima-se em mais de 100 mil as famílias homoparentais e em mais de 200 mil os filhos que crescem em lares onde pelo menos um dos pais é homossexual."
Além do aspecto festivo, com carros de som e balões, a federação de 65 associações quis, sobretudo, fazer ouvir suas reivindicações.
Durante o trajeto entre Montparnasse e a Bastilha, a parada se deteve e fez três minutos de silêncio em homenagem às vítimas da aids.
"Fato inédito em marcha que, com freqüência, se apresenta como exuberante, durante o percurso faremos três minutos de silêncio em solidariedade com as pessoas soropositivas ou doentes de Aids", anunciou na véspera Alain Piriou.
"Agora que os números mostram uma retomada dramática das contaminações, particularmente entre a população homossexual masculina, estes três minutos mostrarão que todos e todas se sentem responsáveis ou devem voltar a ser", insistiu.
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