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Parada Gay 2005
Domingo, 29 de maio de 2005, 16h54 
Parada Gay bate novo recorde de público
 
Gilberto Marques/Especial para Terra
As drag queens levaram alegria à festa
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A 9ª Parada do Orgulho GLBT (gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros), realizada neste domingo, em São Paulo, estabeleceu um novo recorde de público. Pelo menos 1,8 milhão de pessoas passou pela Avenida Paulista entre o início da tarde e as 22h. Já os organizadores da festa afirmaram que o público total da festa chegou a 2,5 milhões.

Veja fotos da Parada!
Confira o especial da Parada Gay 2005

Segundo estimativa da Polícia Militar, o público da Parada ficou em 1,5 milhão de participantes "fixos" na Paulista e mais 300 mil pessoas "circulando" pelo trajeto durante o evento. Os números definitivos da PM devem ser fechados nesta segunda-feira.

Não foram registradas ocorrências graves durante a realização da Parada. Perdas e furtos de celulares foram as reclamações mais reportadas à Polícia de São Paulo, que mobilizou um efetivo de 1,2 mil agentes e soldados para a segurança.

No ano passado, o evento reuniu 1,5 milhão de pessoas, marca que colocou São Paulo no topo do pódio entre as maiores paradas gays do mundo - à frente dos eventos de Toronto (Canadá) e São Francisco (Estados Unidos). Desta vez, porém, a organização estimou a visita de quase 2,5 milhões de pessoas - marca que significaria um recorde mundial absoluto.

A confiança na quebra de recordes foi tanta que a organização da Parada Gay convidou ao evento integrantes da entidade que organiza o Guinness. A intenção é oficializar, por meio do famoso Livro dos Recordes, a manifestação de São Paulo como a maior do tipo no planeta.

Bandeira
As cores do arco-íris tomaram conta de São Paulo neste domingo. Vinte e três trios elétricos animaram a Avenida Paulista com som, decoração extravagante e muita gente empolgada.

Apesar do caráter festivo da Parada, que contou com milhares de drag queens e participantes fantasiados, a manifestação teve forte teor político. A bandeira levantada este ano pela Associação do Orgulho GLBT foi a legalização da união civil entre parceiros do mesmo sexo.

O projeto de lei que oficializa a união gay tramita no Congresso desde 1995, quando foi apresentado pela ex-prefeita paulistana Marta Suplicy (PT) - então deputada federal.

Embora não legalize expressamente o casamento entre pessoas do mesmo sexo, a iniciativa reconhece legalmente essas uniões, o que garante aos homossexuais direitos como pensões, heranças e benefícios familiares.

"Eu ainda não sei como o meu projeto não foi aprovado. O assunto é tão sério e forte que já está em jurisprudência no País", afirmou Marta, neste domingo, do alto do carro de som levado à Paulista pela Associação das Mulheres que Amam Mulheres (Amam).

Segundo Marta, os principais tribunais do País criaram jurisprudência ao admitir que os casais do mesmo sexo têm os mesmos direitos que os heterossexuais em alguns processos sobre heranças, pensões e custódia de filhos. "Os homossexuais e as lésbicas pagam impostos e têm de ter os direitos de qualquer outro cidadão", afirmou.

Outro tema recorrente nos discursos deste domingo foi o respeito à diversidade sexual - e, por conseqüência, o fim do preconceito contra os homossexuais.

"São Paulo é aberta a diferentes raças e não exercita a palavra discriminação. São Paulo tem mente e braços abertos para a diversidade", afirmou o prefeito José Serra (PSDB) em seu discurso para a abertura da Parada. Mas ele se esquivou de responder quando foi perguntado por repórteres se é favorável à união civil entre homossexuais e se acha importante que a sociedade e a família aceitem os gays.

O ativista mais aplaudido da tarde de Parada foi o professor e escritor Jean Wyllis, vencedor do reality show Big Brother Brasil 5, da Rede Globo. Homenageado do evento, ele discursou no palco montado em frente à TV Gazeta. "Somos uma força neste País. Não vamos esquecer de sermos justos sempre, de sermos cidadãos sempre", conclamou.
 

Redação Terra