Centenas de manifestantes participaram na tarde deste sábado da 4ª Caminhada de Lésbicas e Bissexuais de São Paulo.
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O evento antecipa a Parada Gay, que acontece amanhã na Avenida Paulista, em São Paulo.
Entre as reivindicações das mulheres está o direito de serem lésbicas e a defesa do estado laico que já está assegurado pela Constituição, com independência entre a religião e o Estado. Os manifestantes também lutam contra a mercantilização do corpo das mulheres.
"Uma das grandes questões de opressão nessa sociedade é tratar a mulher como uma mercadoria. As mulheres ainda, de uma maneira geral, estão nas tampinhas de garrafas para vender a cerveja, estão mostrando peitos e bundas para vender carros. Não queremos que o nosso corpo seja usado como uma mercadoria", disse Silvana Conti, organizadora nacional da Liga Brasileira de Lésbicas.
Segundo ela, a luta contra a mercantilização do corpo feminino já vem sendo discutida em várias conferências e deve ser um dos temas presentes na 1ª Conferência Nacional GLBT, que será realizada de 5 a 8 de junho deste ano, em Brasília.
Silvana explicou que a caminhada lésbica acontece antes da Parada Gay porque o movimento pretende reforçar algumas lutas específicas das mulheres e das lésbicas como, por exemplo, a questão da descriminalização do aborto e o direito à inseminação artificial.
"Ainda é preciso fazer essa caminhada lésbica, que acontece desde 2003. Se ficarmos com o conjunto do movimento amanhã na Parada Gay, as nossas questões específicas não têm visibilidade. A gente considera super importante ter esse espaço de visibilidade só para as mulheres porque, além de sermos lésbicas, sofremos machismo e opressão por sermos mulheres", afirmou Silvana.
A caminhada teve início na Praça Oswaldo Cruz e seguiu pela Avenida Paulista até o Museu de Artes de São Paulo - MASP.
Agência Brasil
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