A 12ª Parada do Orgulho GLBT, que este ano acontece em 25 de maio na avenida Paulista, em São Paulo, terá como prioridade a segurança dos freqüentadores. No ano passado, o grande número de pessoas na festa, em torno de 4 milhões, acabou gerando tumultos e furtos, além de pequenos registros de violência. Este ano, a organização diz ter adotado um amplo plano de segurança para defender suas movimentações políticas no mês do orgulho gay.
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Dentre as novas medidas, destaca-se a criação de bolsões para policiais nos canteiros da avenida Paulista e Consolação, além de corredor para a circulação de viaturas e ambulâncias. Um hospital móvel também será montado nas proximidades da praça Roosevelt, onde o evento termina.
A grande diferença em relação aos anos anteriores é a inteira modificação da estrutura organizacional. A APOGLBT criou diversas coordenadorias, com um responsável para cada segmento que envolve o mês do orgulho GLBT. Elas foram divididas em arquitetura, trios, segurança, direção artística, oficinas e relações institucionais, entre outras.
Enquanto as atrações ainda não foram definidas, a associação da Parada Gay já adiantou que algumas empresas assinaram contrato de patrício. No ano passado, a Petrobrás contribuiu com R$ 200 mil e a Caixa Econômica Federal com R$ 120 mil. Segundo a organização, a prefeitura também cedeu R$ 350 mil somente em infra-estrutura e segurança. O prefeito Gilberto Kassab chegou a anunciar em uma reunião com jornalistas que o evento pode ser o mais lucrativo da cidade.
Tema controverso
Mais uma vez, a organização da Parada do Orgulho GLBT volta a bater na tecla "homofobia", procurando fazer com que o projeto de lei nº 5003, de 2001 - que determina sanções às práticas discriminatórias em razão da orientação sexual das pessoas - seja aprovado.
Com o slogan Homofobia Mata! - Por um Estado Laico de Fato, a APOGLBT pretende fazer o evento mais político, contrariando a opinião de quem achava a Parada festiva demais.
Esta é pelo menos a terceira vez que os organizadores resgatam o tema homofobia. Grande problema em cidades como São Paulo, grupos homofóbicos freqüentemente praticam violência gratuita contra homossexuais. No ano passado, até foram realizadas manifestações populares a respeito do tema.
Como é de costume, a Parada do Orgulho GLBT virá acompanhada do Gay Day, que volta a ser realizado no Playcenter, e de diversas atrações relacionadas ao tema pela cidade. Na semana da festa, casas noturnas como The Week, Blue Space e Aloca preparam suas programações especiais.
Serviço
12ª Parada do Orgulho GLBT
Onde: Avenida Paulista, início na altura do metrô Brigadeiro
Quando: 25 de maio, a partir das 13h
Redação Terra
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