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Ricardo Miranda, pai do cavaleiro paulista Álvaro Affonso de Miranda Neto, o Doda, tem o maior orgulho do filho, torce pela felicidade da nora e diz que não sabe onde o casal passará a lua-de-mel após o "sim" mais famoso do ano, que acontece no sábado, em São Paulo.
"Mesmo que soubesse, não falaria, pois eles precisam de privacidade pelo menos na lua-de-mel, concorda?", disse ele em entrevista à, nesta quarta-feira.
O empresário, que atua no ramo de seguros, afirmou ter uma ótima relação com a futura nora. "Para mim, é como se ela fosse uma filha. Eu a respeito e a admiro e quero que seja muito feliz. Tenho certeza de que ela sente da mesma forma em relação a mim", disse.
Miranda também deseja que Athina, 20 anos, se torne uma ótima amazona para poder disputar uma Olimpíada. "Ela conhece tudo sobre cavalos e hipismo, tem técnica e talento de sobra. Só lhe falta mais experiência e autoconfiança. Ela tem progredido muito nos treinos. O Doda é perfeccionista e extremamente exigente, pois com meta olímpica não se brinca."
Sua convivência com o casal se limita a programas familiares e às visitas à casa deles em Bruxelas, na Bélgica, nas férias e durante alguns campeonatos.
"Doda e Athina vivem a vida deles, gostam de cinema, restaurantes e de frequentar a Hípica. Também sou assim com meus outros filhos, estou junto, mas não estou dentro", afirmou, referindo-se a Paulo Fernando e Anna Luiza, de seu casamento com Beth, mãe de Doda. Ele também é pai de Beatriz e Ricardo, filhos de Regina, sua segunda mulher.
Maior incentivador da carreira de Doda, Miranda lançou um desafio ao filho quando ele era pequeno e tinha medo de competir. "Perguntei-lhe se seu objetivo era andar a cavalo ou ser cavaleiro olímpico," conta.
Para ajudar o filho a vencer o bloqueio, valia tudo, até cair do cavalo de propósito e jurar que não doía. "Dizia também que quem não tinha medo era idiota, que corajoso era quem vencia o medo e vitorioso, quem vencia a prova. Uma psicologia boba que só deu certo pela confiança inabalável que ele tinha em mim."
A estratégia deu certo. Dez anos depois, Doda integrava a equipe olímpica brasileira, conquistando a medalha de bronze por equipes nos Jogos de Atlanta (1996). "Chorei diante do sucesso, do hino e da felicidade do meu pequeno chorão. Tínhamos realmente vencido o medo e a prova. Desde então, virei torcedor," relembra Miranda.
Para ele, o convite feito pela Grécia para que Doda integre a equipe do país na Olimpíada de Pequim, em 2008, aumenta suas chances de ganhar o ouro. "Do ponto de vista da preparação, com o Doda disputando os campeonatos europeus e contando com todo o apoio, não tenho dúvidas quanto a isso", afirmou, ressaltando, porém, que a decisão depende apenas do filho.
A paixão por cavalos é comum a toda a família e teve início com o próprio Miranda, no período em que morou na vila militar que ficava próxima ao quartel em que seu pai servia no Rio de Janeiro ¿ o regimento de cavalaria Andrade Neves.
"Foi lá que comecei a montar os cavalos emprestados pelos amigos do meu pai", revela. Álvaro Affonso de Miranda Filho lutou na Itália na 2a. Guerra Mundial, e o nome de Doda é uma homenagem a ele. "Já o apelido Doda, não me pergunte como, deriva de 'filhote' e fui eu que dei."
Além de Doda, outro apaixonado por cavalos é seu irmão Paulo Fernando, o Nando, que trocou os saltos pelo rock e hoje é compositor, vocalista e guitarrista da banda Jukabala.
"O Nando era uma fera, eu o chamava de 'Nandão do GP', pois ele podia não estar muito bem, mas faturava o GP. Só parou porque é ainda melhor na música. Pode conferir", diz o pai coruja.
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