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Como uma Onda
Domingo, 21 de novembro de 2004, 10h13 
"Acham que sou especialista em Sul", diz Negrão
 
Renata Petrocelli
 
Luiza Dantas/TV Press
Walter Negrão é o autor da novela  Como uma onda
Walter Negrão é o autor da novela Como uma onda
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Longe das novelas desde Era Uma Vez, de 1998, Walter Negrão credita à minissérie A Casa das Sete Mulheres, que escreveu ao lado de Maria Adelaide Amaral, a "encomenda" da Globo por uma novela passada no Sul do Brasil.

Especial Como uma onda
Como Uma Onda traz cultura açoriana e brasileira

"Eles enfiaram na cabeça que sou especialista em Sul", diverte-se o autor de Como Uma Onda.

Fazendo jus à "fama", Negrão mergulhou nas pesquisas, visitou Florianópolis várias vezes e escolheu abordar a colonização açoriana na região por julgá-la um tema menos explorado. Leia a seguir a entrevista com o ator:

P - Em seis anos longe das novelas, deu para sentir saudades?
R - É o mesmo que perguntar a um motorista de táxi se ele quer passear de carro no domingo. Todo mundo adoraria fazer só minissérie. Mas eu gosto de fazer novela. E, hoje, como existem muitos colaboradores, o trabalho nem é tão exaustivo quanto antigamente.

P - Em que você se inspirou para escrever Como Uma Onda?
R - Pensei na encomenda que me fizeram. Queriam uma novela passada no Sul. Gosto muito de Santa Catarina, minha esposa é de lá. Comecei a pesquisar um pouco, estive lá umas três vezes, encostei nos botecos, tomei cachaça, bati muito papo. Nem precisei de muito tempo porque, nos bares, em uma "sentada" já se aprende muita coisa. Foi uma faculdade em dez dias.

P - Por que a escolha de um ator português para protagonista?
R - Isso veio da pesquisa, porque me deparei com a cultura açoriana e pensei: "É um português!". Os portugueses não são muito retratados como colonizadores do Sul. Quis mostrar que o Sul do Brasil não é só alemão e italiano. Não adiantaria fazer uma família de portugueses no meio de um monte de famílias brasileiras. Tinha de ser um personagem de destaque.

P - A questão da venda da novela influenciou esta escolha?
R - Quando faço uma novela, faço como um produto. Quero que venda, porque ganho um percentual nisso. Coloquei o português pensando que, se a gente quer ganhar o mundo, seria bom ter um personagem protagônico "internacional". E o internacional mais próximo de nós, em função da língua, é o português. Quanto a conquistar o mercado português, não é preciso mais batalhar por isso. Uma novela estréia aqui e 20, 30 dias depois estréia lá também. Eles nos conquistaram uma vez e estamos devolvendo isso agora.

P - Você sempre escreve novelas para as 18h. O horário agrada você?
R - É um desafio maior, porque o público é flutuante: o garoto trocando de tênis para ir para a balada, o marido chegando para o jantar, a mulher arrematando a mesa. Ninguém está sentado no sofá. A novela das oito é mais fácil porque as pessoas jantam durante o noticiário. Quando a novela entra, está todo mundo fazendo a digestão, morgado no sofá da sala.

Na trilha do sol
Walter Negrão e Dennis Carvalho estão afinados ao garantir que a chegada do verão nada tem a ver com o clima tipicamente tropical de Como Uma Onda. "Foi coincidência. E o pior é enfrentar o horário de verão e o fim de ano. A novela tem de agradar logo nas duas primeiras semanas", ressalta Dennis.

Já o autor acha que a leveza e os trajes sumários sempre caem bem quando se foge das tramas de época no horário das seis. "Já que saímos daquela coisa de mulheres com anquinhas e saiotes, é bom que se vá para o oposto. E nós vamos bem para o oposto", diverte-se.

Um bom exemplo desta "opção" é o núcleo de pescadores da trama, que vai fazer desfilar em ares praianos atores como Maria Fernanda Cândido, Fernanda de Freitas, Cauã Reymond e Sérgio Marone.

Depois de uma série de personagens de época, Maria Fernanda está adorando a mudança. "É bem diferente do que as pessoas estão acostumadas a ver de mim. E é mais fácil, pelo vocabulário, pelo figurino, pela maquiagem...", enumera a atriz, que interpreta Lavínia, mulher de Amarante.

Outro que está adorando o perfil "despojado" é Herson Capri. Seu personagem, Sandoval, entra na história depois de uma injusta pena de dez anos na prisão e vive um romance com Lavínia depois do desaparecimento de Amarante. "Gosto de personagens simples, largados. Ainda mais depois de Um Só Coração, onde estava todo empertigado", compara.

Para Cauã Reymond, que acabou de sair de Da Cor do Pecado, o clima não é novidade. O ator está empolgado mesmo é com o romance de seu personagem, Floriano, com a doce Rosário, vivida por Sheron Menezes.

Apaixonado, o casal fará de tudo para conquistar independência financeira e se casar, já que a moça faz questão de subir virgem ao altar. "Espero não trazer nenhum tabu de volta. Quero que eles contem uma bela história de amor, ainda mais com aquele cenário paradisíaco", anseia o ator.

Instantâneas
# A equipe de Como Uma Onda gravou uma semana em Portugal, nas cidades de Guimarães, Braga e Porto. Ao elenco brasileiro se juntaram os portugueses Joana Solnado e Antônio Reis, intérpretes de Almerinda e seu pai, Almirante Figueroa, além do protagonista, Ricardo Pereira.
# Em Florianópolis, serviram de locação as praias de Armação, Joaquina e Barra da Lagoa.
# A cidade cenográfica de Como Uma Onda no Projac, na Zona Oeste do Rio, tem 20 construções, distribuídas em 7.424 m2. A Restinga da Marambaia também serve de cenário para as locações externas.
# Dois cenários têm exigido bastante da equipe de cenografia da novela: a caverna do Velho Bartô e a engenhoca de Quebra-Queixo e Querubim. A caverna foi montada numa "florestinha" do Projac. Já o veículo da dupla cômica é definido pelo cenógrafo Keller Veiga como "meio barco, meio casa, meio banheira, meio bicicleta, meio liqüidificador velho".
 

TV Press
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