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Começar de Novo
Domingo, 22 de agosto de 2004, 17h04 
"Resolvi investir num amor maduro", diz Calmon
 
Renata Petrocelli
 
Luiza Dantas/TV Press
Antônio Calmon é o autor da próxima novela das sete da TV Globo,  Começar de Novo
Antônio Calmon é o autor da próxima novela das sete da TV Globo, Começar de Novo
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Ao contrário da maioria dos autores de novelas, Antônio Calmon diz não precisar de muito tempo de férias após a conclusão de um trabalho. Ele não deixa de achar a criação de uma trama tarefa para lá de estafante e costuma comparar a pressão à imagem de uma locomotiva correndo atrás dele durante oito meses.

Depois de "escapar" dela, no entanto, o autor não consegue passar muito tempo sem pensar numa próxima sinopse. A primeira versão de Começar de Novo foi entregue à direção da Globo em setembro de 2003, apenas cinco meses depois do final de O Beijo do Vampiro. "Um mês de férias entre duas novelas é mais do que suficiente", simplifica.

Na verdade, a inspiração para escrever a nova trama das sete da Globo, que estréia no próximo dia 30, veio durante O Beijo do Vampiro. Apesar do sucesso entre crianças e adolescentes, a novela não conquistou as donas-de-casa. "Elas diziam que faltava romance. Por isso, resolvi investir num amor maduro", explica o autor.

Para contar a história do amor de Miguel Arcanjo e Letícia, vividos por Marcos Paulo e Natália do Vale, Calmon "recrutou" Elizabeth Jhin, que já tinha sido sua colaboradora, mas pela primeira vez divide com ele a autoria. "Acho que ela tem condições de falar deste romance melhor do que eu", justifica, modesto. Leia a seguir a entrevista com o autor:

P - O primeiro nome de Começar de Novo era Romance. Você diria que é basicamente uma história de amor?
R - Na verdade, são várias histórias de amor. Tinha escolhido este nome em função do que ouvia nos grupos de discussão de O Beijo do Vampiro. Eu senti uma enorme solidão nestas mulheres mais maduras. Elas falam muito de suas famílias, mas referem-se basicamente às crianças, com muito pouca menção aos maridos. Viajaram muito quando jovens, mas depois passam a viajar com as novelas. Uma delas disse que queria ver romance e explicou: "Embora não exista, gosto de ver". Todas as novelas têm histórias de amor, mas nesta houve uma ênfase no romance maduro de Miguel e Letícia.

P - Você costuma escrever muito para o público jovem. Vai deixar esta característica de lado nesta trama?
R - Isso aconteceu por acidente na minha vida. Começou com o filme Menino do Rio, depois veio Garota Dourada. Aí o Daniel Filho me chamou para Armação Ilimitada, depois parti para Top Model... Acabei virando um especialista em infanto-juvenil, o que não agüento mais. Estou à beira dos 60 anos, começa a ficar meio patético. Mas tenho nesta novela histórias para todas as idades. Tenho o romance maduro e os romances mais jovens, com atores como Vladimir Brichta, Gisele Itié, Sthefany Brito, Max Fercondini...

P - Depois dos vampiros, você vai abordar a crença em discos voadores e andróides...
R - Finalmente consigo encaixar meus marcianos numa novela! Logo depois de Vamp, tinha pensado em Vênus, uma novela que teria uma civilização venusiana, completamente dominada por mulheres. Mas a Globo conseguiu me "segurar" em novelas mais contidas até O Beijo. Desta vez, consegui colocar na imaginação dos personagens do Pedro Malta e da Marília Pêra esta coisa dos marcianos, dos discos voadores. Mas tenho um acordo de cavalheiros e não posso estender isso para os outros núcleos da novela.

P - De onde vem sua fixação por temas deste tipo?
R - Não acredito neste tipo de coisas, mas li tudo, vi todos os filmes. Sou um grande especialista em ficção científica. Como sempre fui maníaco por isso, para mim é mole abordar estes assuntos. E acho que é ótimo para a Globo também, porque dá oportunidade à empresa de desenvolver um "know-how" importante. Assim como O Beijo, esta novela também vai ser cheia de efeitos especiais.

P - Como tem sido a parceria com a Elizabeth Jihn?
R - A gente pensa tudo junto, decide junto. Tenho mais experiência de prática da autoria, mas ela já trabalhou em mais novelas do que eu. Eu sou pop, ela é folhetinesca. A gente se completa, somos um monstro de duas cabeças que trabalha sem parar. A Elizabeth vai se tornar uma das mais importantes novelistas da Globo. Esperem e verão. lizabeth vai se tornar uma das mais importantes novelistas da Globo. Esperem e verão.
 

TV Press
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