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Da Cor do Pecado
Domingo, 22 de agosto de 2004, 14h39 
"Da Cor do Pecado" termina com bons resultados
 
Pedro Paulo Figueiredo/TV Press
Taís Araújo  segurou com charme sua primeira protagonista na Globo
Taís Araújo segurou com charme sua primeira protagonista na Globo
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Poucas novelas reuniram tantas "provas de fogo" quanto Da Cor do Pecado. Sobretudo com resultados tão satisfatórios. Conhecido roteirista de cinema, com trabalhos como Deus é Brasileiro, de Cacá Diegues, e A Partilha, de Daniel Filho, João Emanuel Carneiro estreou com louvor como autor de tevê.

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Reynaldo Gianecchini, que já tinha sido protagonista em Esperança, encarou sem fazer feio "praticamente" três personagens: os gêmeos Apolo e Paco e, o mais difícil, o suposto defunto Paco se fazendo passar por Apolo.

Taís Araújo segurou com charme e simpatia sua primeira protagonista na Globo. E Giovanna Antonelli, que sempre viveu mocinhas, ganhou sua primeira vilã, com a qual desfilou uma bela interpretação, pelo menos no início da trama.

O dono dos maiores méritos ¿ inclusive a boa escalação do elenco - é mesmo o autor João Emanuel Carneiro. Investindo no humor e em uma história que a cada semana tinha uma novidade, ele conseguiu manter a média geral de Ibope de Da Cor do Pecado em 47 pontos - a melhor desde A Viagem, de 1994.

Uma das grandes estratégias foi pulverizar ao longo dos meses a entrada de diversos personagens novos, que sempre davam uma boa "sacudida" no núcleo com o qual interagiam. Foi assim com Vanessa Gerbelli e Francisco Cuoco, cujos personagens "enlouqueceram" de vez a casa e a cabeça do inusitado Pai Helinho, de Matheus Nachtergaele; com a batalhadora Olívia, de Liliana Castro, que ajudou a libertar o apaixonado Kaíke, vivido por Tuca Andrada, do jugo da megera Bárbara, de Giovanna Antonelli; e com o núcleo Sardinha, que recebeu os reforços do exótico Frazão, vivido por Sidney Magal, e das irmãs Bazaróv, interpretadas por Samara Felippo, Fernanda Paes Leme e Tarciana Saad.

Mas o autor cativou a audiência também ao abrir espaços cada vez maiores para os núcleos cômicos na trama. Da Cor do Pecado reafirma a "vocação" do horário das 19h para o humor. Em certo ponto, a interessante história do homem que resolve viver a vida de outro acabou ficando em segundo plano, tantas eram as opções de cenas engraçadas. A trupe de Pai Helinho parecia protagonizar uma "sitcom" particular dentro da história. E a família Sardinha agradou tanto que já se fala na criação de uma "sitcom" de verdade, protagonizada pela "Mamuska" Edilásia e seus "pimpolhos".

Curiosamente, foi também nos personagens cômicos que João Emanuel mais "errou no tom". Sempre, no entanto, com a aprovação do público. O casal Eduardo e Verinha, de Ney Latorraca e Maitê Proença, por exemplo, começou rendendo boas risadas, vivendo situações críveis para inconformados ricos falidos. Com o tempo, a graça foi explorada a tal ponto que não restou mais qualquer conexão com a realidade - na qual reside, na maioria das vezes, a grande força do humor. O mesmo se pode dizer das confusões de Pai Helinho e até da própria família Sardinha, que era bem mais atraente no começo da novela.

Com a vilã Bárbara aconteceu algo parecido. Giovanna começou Da Cor do Pecado esbanjando graça e charme. Tanto que chegava a roubar a cena em todas as suas aparições. Mas, a partir do momento em que Bárbara foi subjugada pelo maquiavélico Tony, de Guilherme Weber, sua interpretação caiu numa letargia poucas vezes quebrada. Com um ar de atormentada e olhos sempre esbugalhados, Bárbara virou uma chata. Pelo menos não se pode acusar o autor de incoerência, já que tudo tem se encaminhado para que ela termine a história louca - característica que já se insinua há muito tempo.

No final das contas, o melhor de Da Cor do Pecado foi justamente o que, pelo jeito, não vai ficar na memória do público - a trama mais realista, com belas interpretações de Lima Duarte, como Afonso, Aracy Balabanian, como Germana, e do menino Sérgio Malheiros, como Raí, que protagonizaram cenas emocionantes. Além, é claro, da velha história de amor entre mocinho e mocinha, graças ao bom trabalho de Taís Araújo e Reynaldo Gianecchini e à empatia do casal Paco e Preta.
 

TV Press
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