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Sábado, 20 de dezembro de 2008, 11h06  Atualizada às 16h16
Marcílio Moraes explora dramas da favela em 'A Lei e o Crime'
 
Márcio Maio
 
Jorge Rodrigues Jorge/ Carta Z Notícias/TV Press
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Marcílio Moraes já se preparava para desenvolver uma sinopse de novela para a Record quando foi chamado para escrever os 16 episódios de A Lei e o Crime. O seriado, que estréia dia 5 de janeiro, estava previsto apenas para ser um especial de fim de ano da emissora.

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Mas a idéia de pegar carona no sucesso de Vidas Opostas agradou ao diretor de teledramaturgia Hiran Silveira. E fez com que o autor pudesse colocar em prática um desejo antigo: escrever uma série focada entre os limites da Justiça e do crime.

"Minha primeira idéia era fazer uma continuação da novela, mas vi que era inviável e partimos para uma história que se aproximasse daquela realidade, mas com outro foco", justifica.

Na trama, Nando, de Ângelo Antônio, é um desempregado que, durante uma briga com o sogro, acaba por assassiná-lo. Ao fugir, o rapaz entra para o tráfico e, depois de algumas "provas", assume o comando do morro da Alvorada. Nesse percurso, ele ainda mata um executivo, pai de Catarina, de Francisca Queiroz.

A moça então decide estudar e se tornar delegada para se vingar de Nando. Além de mocinha, Catarina é também a narradora da história. Nas cenas, ela conta sua vida a um escritor, que será interpretado pelo próprio Marcílio. "Não falo nada. Só fico de costas, digitando", revela o autor, envergonhado por aparecer na frente das câmaras.

A Lei e o Crime é resultado do sucesso da novela Vidas Opostas, que você escreveu. Como os dois projetos se aproximam e se distanciam?
É difícil evitar comparações, até porque é claro que os bons números de audiência de Vidas Opostas geraram a idéia de aproveitar essa onda. O que eu tinha pensado no início era justamente uma continuação da novela, mas depois vi que não teria sentido. Então procurei uma história que se aproxima daquela linha de produção, mas com um foco diferente. A trama se passa numa favela, mas discute exatamente a diferença entre a lei da Justiça e a do tráfico, do crime. Em todos os episódios vou ficar em cima desse limite. Em Vidas Opostas tudo acontecia a partir do romance dos protagonistas, e agora isso não tem tanto espaço.

É mais difícil escrever uma história sem um casal de mocinhos? Não é o tipo de teledramaturgia que você costuma trabalhar...
A gente até tem um lado romântico, mas que não sustenta a história. O romantismo, na verdade, só é fundamental em uma novela. Ali sim a história de amor tem de ser forte e, quase sempre, central. Aqui no Brasil, como não se tem o hábito de produzir seriados, ficamos mais reféns do formato clássico. Para mim é uma experiência inicial, que eu nunca tinha feito. Só na Globo e, mesmo assim, trabalhando em cima de idéias que não tinham sido concebidas por mim.

A idéia de escrever Vidas Opostas foi sua. De onde vem esse interesse por tramas policiais e temas ligados ao tráfico de drogas?
Esse é um dos assuntos mais fortes no cotidiano do brasileiro. Tráfico, milícias, favelas, esses temas ocupam de três a quatro páginas dos jornais diariamente. Como o horário que a Record vem me dando é adequado e sei que essa discussão gera interesse público, acho que vale investir. O cinema americano, por exemplo, conta com vários longas sobre gângsteres.

Existe alguma previsão de temporadas futuras para A Lei e o Crime?
Sempre existe a possibilidade, mas é preciso pensar bem nisso antes de qualquer decisão. Por enquanto prefiro imaginar que essa é uma possibilidade remota. Quero ver primeiro no ar, avaliar se tem caldo para ganhar mais episódios no futuro. Seria legal ter, sou o primeiro a torcer por isso, mas não dá para pensar nessas coisas sem saber do resultado.

Vocês trabalham em cima de alguma expectativa de audiência?
A gente quer sempre o melhor, mas não conheço esse horário. Acredito que podemos esperar por algo entre 10 e 12 pontos. Então, se der 15, ficarei mais do que satisfeito. Chamas da Vida, novela que antecede o programa, vem marcando 17, 18 de média. Então, como é mais tarde, acho que podemos esperar um pouco abaixo disso.
 

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