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Sábado, 22 de novembro de 2008, 13h17  Atualizada às 13h32
Antes de estrearem na TV, famosos atuaram em outras áreas
 
Márcio Maio
 
TV Globo/Divulgação
Ana Maria Braga, Aílton Graça e Christine Fernandes
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Nem sempre o caminho percorrido até alcançar a carreira dos sonhos é dos melhores. De camelô a porteiro de condomínio de luxo, alguns profissionais da TV brasileira tiveram de se virar de alguma forma até chegar ao objetivo principal: seguir a vida artística. É o caso de Aílton Graça. Intérprete do divertido Jacaré, de Três Irmãs, o ator costuma dizer, com orgulho, que já fez de tudo, um pouco. Inclusive vender produtos importados em uma feira. O que, jura, fazia com diversão. "Ia muito ao Paraguai comprar minhas coisinhas. Na época, quando perguntavam se aquele era o meu trabalho, eu sempre dizia que ia virar artista", lembra o ex-sacoleiro, emocionado.

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Outros, porém, não têm tão boas lembranças de quando tiveram de se sustentar em trabalhos que não gostavam. Foi o que Glória Maria fez quando, ao cursar Jornalismo, foi chamada para estagiar na Globo. Sem condições de custear os estudos e se manter como estagiária, a ex-apresentadora do Fantástico fez jornada tripla, dividindo-se entre a emissora, a faculdade e uma vaga de telefonista. "Durou só seis meses. Depois não deu mais para conciliar", resume.

Jackson Antunes, que encarna o brutal Leonardo, em A Favorita, também teve de se manter longe da interpretação. "Sou pintor-letrista. Quando percebi que não dava para viver de teatro, fui atrás de uma habilidade diferente", justifica. Humberto Martins foi outro que suou a camisa antes de tirá-la em diversos personagens de novelas. "Trabalhei em fábrica, com mecânica, marcenaria, fibra de vidro, materiais de construção, obras, banco, vendas... Tenho uma boa bagagem de vida", valoriza-se.

Sílvio de Abreu precisava ganhar dinheiro. Mas tentou não fugir tanto de seu foco principal: as artes. O autor de sucessos como A Próxima Vítima e Guerra dos Sexos começou como office-boy em uma loja de discos de São Paulo aos 16 anos e ficou na empresa até os 23, quando iniciou carreira como ator. "Em seis meses eu já era gerente. Cursei a Escola de Arte Dramática enquanto trabalhava na loja e só saí para começar a atuar", explica ele.

Ana Maria Braga também começou, indiretamente, em sua atual área, de comunicação e entretenimento. Mas só se transformou em celebridade depois de ser demitida do cargo de diretora comercial da editora Abril. "Eu tinha quase 40 anos e poderia ter sido uma barra para mim. Mas, graças a Deus, foi o grande acerto da minha vida", enaltece a apresentadora do Mais Você.

Aproveitar as habilidades da carreira antiga com a de ator foi fácil para Ary Fontoura. Tanto que interpretar o vilão Silveirinha em A Favorita o faz relembrar seu passado antes da televisão. Ele começou profissionalmente no ramo musical, aos 19 anos. Além de cantar em bailes acompanhado de uma orquestra, Ary chegou a gravar um LP pela Copacabana Discos. "Mas eu era um ilustre desconhecido na música", reconhece. E foi a música que o ajudou a abrir outras portas no rádio. Assim, Ary conseguiu alavancar sua carreira nos folhetins, deixando os dotes vocais apenas para usar nos trabalhos de interpretação. "Preferi me tornar um ator que canta. Acho que foi melhor assim", analisa.

Longe das câmaras, Tadeu Schimidt, Christine Fernandes e Letícia Birkheuer têm um passado em comum: o vôlei. Os três iniciaram seus passos nas competições esportivas. Mas, por motivos distintos, partiram para outros caminhos. Tadeu foi cortado da seleção infanto-juvenil, aos 17 anos, antes de ir ao Campeonato Mundial. "Foi a maior frustração da minha vida", lamenta. Christine lembra que, aos 13 anos, tinha 1,70 m de altura, mas o tempo foi passando e acabou sendo considerada baixa para a função. "Eu não desisti do vôlêi; ele é que desistiu de mim", brinca. Já Letícia, que foi atleta por nove anos, foi convencida por um olheiro a partir para a carreira de modelo depois de ser descoberta na própria quadra. "Vi um futuro melhor no meio da moda", explica.

Atrizes-doutoras

Tanto Zezé Polessa quanto Flávia Alessandra buscaram oportunidades na carreira artística. Mas a insegurança e a instabilidade financeira da profissão de atriz fizeram com que as duas partissem para um plano B. A primeira optou pelo curso de Medicina. "Tinha de estudar alguma coisa", justifica. Já no sexto ano pensou em desistir, mas uma conversa séria com o pai a fez repensar seus projetos. "Terminei, mas estava cada vez mais dedicada ao teatro", lembra. Antes de entrar na TV, durante uma fase difícil, chegou a cogitar a possibilidade de atuar na área médica. "Pensei em fazer um curso de Homeopatia. Mas insisti na interpretação e deu certo", comemora.

Flávia passou por situação semelhante. Aos 17 anos, fez vestibular para Comunicação Social e para Direito, mas acabou se formando como advogada. Sem a certeza de se sustentar da arte na época, chegou a dar os primeiros passos para montar um escritório e se dedicar à nova vida. "Eu queria me sustentar, mas minha grande paixão sempre foi atuar", pondera. Foi justamente nesse período que surgiu o motivo perfeito para deixar de lado, pelo menos por um tempo, o diploma de Direito: foi convidada a assinar seu primeiro contrato longo com a Globo. "Foi a melhor coisa que poderia ter acontecido naquela época", reflete.

Instantâneas

# Eva Wilma iniciou sua carreira em outra arte: foi bailarina clássica.
# Flávio Bauraqui, que interpretou o pastor Ezequiel em Duas Caras, não teve a mesma sorte. O rapaz trabalhou como porteiro de um condomínio de luxo do Rio durante um ano e meio, enquanto não conseguia uma vaga como ator.
# Murilo Benício, o Dodi de A Favorita, se aventurou nos Estados Unidos durante dois anos antes de estrear na TV por aqui. Viajou com a intenção de tentar a vida como ator por lá, mas as vagas que conseguiu foram de entregador de pizza e de pedreiro, entre outras.
# Katiuscia Canoro, a Lady Kate do "Zorra Total", também embarcou em busca do sonho americano. E até hoje ri da época em que teve de oferecer planos funerários como operadora de telemarketing. Como não conseguia vendê-los, acabou demitida.
 

TV Press
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