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Celebridade
Sexta, 25 de junho de 2004, 23h20 
Vilões e suspense salvaram "Celebridade"
 
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Gilberto Braga deve muito a Cláudia Abreu e Fábio Assunção. Grande parte do sucesso da novela Celebridade se deve ao talento da dupla que despertou os mais furiosos sentimentos nos protagonistas da trama e na população que acompanhou os dramas de Maria Clara Diniz (Malu Mader) e Fernando (Marcos Palmeira).

A premissa cinematográfica de que um mocinho só será bom o suficiente se tiver um vilão à altura, se aplicou à trama das oito, e sob a égide maldosa de Laura, Renato e Marcos (Márcio Garcia), os "bonzinhos" na história do autor se consagraram.

Mas o início não foi assim. Logo que começou, Celebridade foi bombardeada com críticas. A maioria delas traçava comparações com Mulheres Apaixonadas de Manoel Carlos, antecessora no disputado horário nobre da Rede Globo.

Enquanto Mulheres esbanjava engajamento social, com críticas ferrenhas à violência no Rio de Janeiro, os abusos contra a mulher e à liberdade de orientação sexual, Celebridade prendia-se à futilidade da vida dos colunáveis.

Foi a partir daí que Gilberto usou um dos artíficios mais comuns em qualquer suspense: criar a dúvida sobre a autoria de um assassinato. Jogada de mestre, e logo a pergunta "Quem matou Lineu?" colocaria a novela no patamar de Vale Tudo e A Próxima Vítima.

O truque já era velho conhecido dele. Autor de Vale Tudo, Braga recriou no País o suspense da época em que todos se perguntavam "quem matou Odete Roitmann". O autor aprendeu também com as críticas do passado e dessa vez não deixou um só vilão sem castigo.

Se em Vale Tudo, Maria de Fátima (Glória Pires) saiu impune mesmo sendo dona de todo o ódio coletivo, Laura não teve a mesma sorte. Ainda no meio da novela, a vilã levou uma memorável surra de sua rival Maria Clara. Na realidade da novela das oito, os criminosos foram punidos. Laura e Marcos morreram juntos e Renato Mendes acaba preso. Na cobertura da novela, nova farpa contra os jornalistas da vida real: quem é famoso, é assunto, seja para o bem ou para o mal.

Braga também virou o jogo e a futilidade de suas "celebridades" virou uma forma de criticar a imprensa e a caça desenfreada pela fama. Darlene (Deborah Secco), a que mais buscou desse sucesso, terminou como começou: anônima.

Por mais que o autor e o diretor Dennis Carvalho tenham se embolado com um capítulo final confuso e apressado, Celebridade termina dando ainda mais vigor ao cargo de novela das oito. Responsabilidade maior ainda para o diretor Wolf Maya e o autor Aguinaldo Silva de Senhora do Destino, que estréia nesta segunda.
 

Redação Terra
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