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Quinta, 6 de novembro de 2008, 08h07 
Irmãos Paulo e Beth Goulart viram amantes ardentes no palco
 
Beatriz Mota
 
Divulgação
Beth e Paulo Goulart estão na montagem de  Quartett
Beth e Paulo Goulart estão na montagem de Quartett
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Para a versão da peça que entra em temporada sexta-feira no Teatro do Leblon, Rio, às 23h30, no entanto, foram adicionadas tintas rodriguianas às originais doses de sedução, sexo, traição e crueldade da trama. O novo ingrediente tem nome - incesto - e sobrenome: Goulart. Os irmãos Beth Goulart, 47 anos, e Paulo Goulart Filho, 43, vivem em cena um provocante casal de amantes.

Beth encenou Quartett pela primeira vez em 2006, com Guilherme Leme. "Quando o Guilherme falou que ia sair, fiquei em pânico. Não conseguiria fazer com quem não tivesse intimidade. Pensamos em muitas pessoas, até que sugeriram o Paulinho. Levei um susto. Pensei: 'Não pode, é incesto, não dá para pensar no meu irmão como amante'", lembra Beth, que logo foi dissuadida: "Hoje agradeço ao Guilherme por, sem querer, nos dar essa oportunidade. Temos química muito grande em cena".

Dirigidos por Victor Garcia Peralta, os irmãos - filhos de Paulo Goulart e Nicette Bruno - protagonizam ousadas cenas em que simulam sexo, como quando têm relações dentro de um convento ou quando a personagem de Beth faz sexo oral em Paulo - tudo sem beijo na boca. Os dois garantem que não há constrangimento.

"É tudo sugerido, nada tão explícito. O máximo que acontece é o toque. E não dá para ter tanto pudor ao ponto de nem tocar no seu irmão, né?", diz Beth, apoiada por Paulo: "Crescemos em família de artistas, isso não é problema no palco. Em cena, somos os personagens e não nós."

A Beth e Paulo cabe ainda o desafio de se diferenciar das montagens anteriores da peça. Como a de Tonia Carrero e Sergio Britto, de 1986. "Na nossa versão, não havia contato físico, cenas polêmicas nesse sentido. A parte ousada ficava mesmo por conta do texto, extremamente debochado e agressivo", conta Britto.

Já na montagem atual, apresentada em São Paulo, os jogos de sedução não poupam nem a platéia. "É um texto que mexe com as pessoas. Eles saem da peça pensativos e, digamos assim, animados", resumem.

Semelhança física ajuda em cena
Com texto atemporal e abrangente, Quartett já motivou variadas interpretações nos palcos. Na trama, a perversa Marquesa Merteuil e o Visconde Valmont iniciam perigoso jogo de sedução e vingança com a inocente Cecile e a virtuosa Madame Turvel. Todos os personagens são feitos por dois atores.

Entre as mais famosas duplas, Sergio Britto e Tonia Carrero mostraram sua versão em 1986, dirigida por Gerald Thomas. "O texto é violentíssimo, é das melhores e mais difíceis coisas que já fiz. Exige potência de maldade, capacidade de desprezo total pela vida", diz Sergio Britto, que só lamenta uma coisa: "Na época, a Tonia ganhou um prêmio pela peça e eu fiquei ressentidíssimo de não ganhar também".

Em 1996, também dirigidos por Thomas, Ney Latorraca e Edilson Botelho apresentaram sua polêmica montagem, encenada num açougue. No espetáculo com Beth e Paulo, adaptado por João Gabriel Carneiro, filho da atriz, o troca-troca de personagens (e sexos) ganha destaque. "O fato de sermos irmãos, e muito parecidos, é legal ainda porque parece um jogo de espelhos", acredita Beth.
 

O Dia

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