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Três Irmãs
Domingo, 2 de novembro de 2008, 14h18 
Sem audácia, 'Três Irmãs' repete erros e não prende a atenção
 
Gabriela Germano
 
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A ousadia de Antonio Calmon acabou. Pelo menos é o que o autor demonstra em sua atual novela Três Irmãs, da Globo. Logo ele, que foi um dos roteiristas da inovadora Armação Ilimitada; um dos primeiros a arriscar fazer um folhetim com seres de outro mundo em Vamp; e que idealizou projetos de incontestável qualidade como A Justiceira e Mulher. Calmon não traz nada de novo para o horário das sete.

O autor disse que há tempos desejava fazer uma trama que tivesse como pano de fundo o sol e o mar. A idéia era fazer uma novela leve, alegre. Mas, depois de um mês e meio no ar, a história na verdade se mostra tão plana como o mar sem ondas.

E o problema já começa no trio de protagonistas formado por Carolina Dieckmann, Giovanna Antonelli e Cláudia Abreu. No mínimo, há um erro de escalação. Com a exceção de Carolina, que ainda consegue passar por uma garota bem jovem, as outras duas irmãs da ficção já são mulheres bem formadas para encarnarem personagens tão imaturos quanto a médica Alma e a fresca Dora.

A intenção de tornar as duas moças bem-humoradas com um texto repleto de gracinhas não permite que a interpretação das atrizes seja convincente. O caso de Giovanna é o pior. Quando contracena com os personagens de Bruno Garcia e Rodrigo Hilbert, ela precisa ter comportamento parecido com o de uma menina de 15 anos. Ao mesmo tempo, ela aparece como uma profissional séria e dedicada quando atende em seu consultório. Dora é uma personagem mal desenhada, o que complica a vida até de boas atrizes, caso da própria Giovanna. Se Calmon quisesse só uma figura descontraída, era melhor ter escalado uma bela iniciante. Mas todo mundo sabe que rostos bonitos, sozinhos, não seguram um folhetim.

Bruno Garcia se especializou em um mesmo tipo de personagem malandro e irônico, agora com o nome de Hércules. E mesmo a experiente Regina Duarte, na pele da misteriosa Waldete, ainda não conseguiu fazer com que a novela tenha bons momentos. Tarefa difícil é a de Ana Rosa. Ela tem de domar as três filhas que já são mulheres feitas e ainda lidar com o fantasma do marido Augusto, interpretado por José Wilker. Aliás, mortos que se metem na vida dos vivos é um artifício utilizado em qualquer horário, em qualquer história. Não há problema em usá-lo, mas desde que ele realmente acrescente algo à condução da história.

Os profissionais de telenovela assumem que estão tentando entender o que os telespectadores atuais querem ver na tevê. Calmon também demonstra ter grandes dúvidas. Seus últimos trabalhos, O Beijo do Vampiro e Começar de Novo, já não foram sucesso. E em Três Irmãs ele também não consegue imprimir uma marca, fazer alguma diferença.

Na crise de audiência atual, parece que a diretriz é mais tentar manter os números do que buscar elevá-los. O que resulta em várias novelas com a mesma cara, com os mesmos artifícios para conduzir a trama. Três Irmãs segue assim. É um folhetim que repete os diálogos fracos e conseqüentemente tem cenas pouco interessantes. O que tem rendido amargos 22 pontos de média em algumas noites. Bons nomes como Vera Holtz, Marcos Caruso e Beth Goulart no elenco não bastam.
 

TV Press
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