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Domingo, 20 de junho de 2004, 16h51 
Cláudia Abreu diz que Laura é divertida
 
André Bernardo
 
Cláudio Andrade/Especial para Terra
Cláudia Abreu conquistou o público com sua vilã Laura
Cláudia Abreu conquistou o público com sua vilã Laura
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Sempre que inicia um novo trabalho, Cláudia Abreu evita criar expectativas. Até mesmo para não se decepcionar. Dessa vez, não foi diferente. Mas vilã de Gilberto Braga, pondera ela, é sempre vilã de Gilberto Braga. Na galeria do autor, há, pelo menos, duas inesquecíveis: Yolanda Pratini, interpretada por Joana Fomm em Dancin' Days, e Maria de Fátima, vivida por Glória Pires em Vale Tudo.

Renato Mendes deve matar Laura
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Desde já, a dissimulada Laura, de Celebridade, figura entre as mais sórdidas criadas pelo autor. Com um misto de cinismo e amoralidade, a abjeta personagem mereceu sátira no Casseta & Planeta, Urgente!, virou matéria de comportamento no Fantástico e, principalmente, roubou todas as cenas de Celebridade. "Não esperava que a Laura causasse essa discussão toda. Mas novela no Brasil sempre ganha uma proporção enorme. Sempre que você entra numa novela, pode esperar por tudo!", admite.

Esbanjando modéstia, Cláudia Abreu atribui o sucesso da personagem a Gilberto Braga. Para ela, Laura reuniu dois componentes fundamentais para despertar a empatia do público: um senso de humor apuradíssimo e uma amoralidade quase rodrigueana. "Ela não é má o tempo todo. É divertida também. E as pessoas divertidas são sempre as mais populares da turma", observa.

De fato, as tiradas de Laura em Celebridade são sempre muito divertidas. Entre outras, ela só se refere a Renato Mendes, personagem de Fábio Assunção, como "lourinho beiçudo" e a Maria Clara Diniz, de Malu Mader, como "come-e-dorme" e "mala". Já chegou a se referir a Nina, filha de Maria Clara, como "frasqueirinha"... "O mais importante é o personagem ter nuances. É legal você estar sempre surpreendendo o público. Senão, ele se cansa de uma coisa só", acredita.

Desde o início de Celebridade, Cláudia já interpretou várias Lauras numa só. Para conquistar a confiança de Maria Clara, fingiu ser boazinha e subserviente. Depois, posou de moça de família, sonhadora e imaculada, para arrebatar o coração de Renato Mendes. Em seguida, virou a melhor amiga de Beatriz, personagem de Deborah Evelyn.

Enquanto isso, exercia o lado mais obscuro de sua personalidade, como uma autêntica "dominatrix", com o "michê" Marcos, vivido por Márcio Garcia. "Vai levar um tempo até eu me livrar da pecha de 'cachorra'...", brinca ela, encabulada, durante a sessão de fotos.

Com tantas nuances, Laura caiu nas graças do público. Mais até do que a própria heroína da história... Quando sai às ruas, Cláudia ouve todo tipo de comentário. De broncas bem-humoradas, como "Nossa, mas você está terrível!", a observações debochadas, do tipo "Apanhou, hein? Não tá machucada, não?".

"Algumas pessoas torcem pela Laura porque ela não é uma vilã clássica, tradicional. Ao mesmo tempo que sente raiva, o pessoal ri com ela. É um caso de amor e ódio", resume. Exatamente. Como a vez em que Cláudia pegou um táxi e o motorista, ao reconhecê-la, desandou a falar dos vilões da novela. A princípio, com fascínio, admiração. Depois, com fúria, indignação... "Foi engraçado porque ele reservou um destino mais terrível do que o outro para os vilões da novela. A Laura, por exemplo, morreria queimada. Ele foi enfático à beça!", brinca.

Por essas e outras, Cláudia ainda não sabe direito o que gostaria que acontecesse a Laura nos últimos capítulos de Celebridade. Na dúvida, especula dois possíveis desfechos. No primeiro deles, a personagem seria devidamente punida, até para servir de lição para quem pensa que o Brasil ainda é o país da impunidade. "Os vilões já são carismáticos por si sós. Se eles se derem bem, vai ficar parecendo que essa é a pedida...", argumenta.

Por outro lado, Cláudia ressalva que Celebridade é uma obra de ficção e, como tal, Gilberto bem que poderia reservar a Laura e Marcos um destino semelhante ao que tiveram Maria de Fátima e César, interpretados por Glória Pires e Carlos Alberto Riccelli em Vale Tudo. "Quem sabe a Laura e o Marcos não poderiam reaparecer em algum outro lugar, talvez o Caribe, praticando outros golpes? Ia ser divertido", sugere a atriz, com o mesmo olhar levemente sacana da Laura.

Entre o Bem e o Mal
O caso de amor entre Cláudia Abreu e Gilberto Braga é antigo. A atriz, então com 16 anos, fazia O Outro, de Aguinaldo Silva, quando esbarrou com o autor nos corredores da Globo. Na mesma hora, foi surpreendida por um elogio à queima-roupa, que a deixou sem palavras. Cinco anos depois, ele escreveu o papel da guerrilheira Heloísa, de Anos Rebeldes, especialmente para ela. "Anos Rebeldes foi impactante por misturar ficção e realidade. Apesar de ter sido exibida num horário mais tarde, causou comoção pela questão do 'impeachment' do Collor", lembra.

Dois anos depois, Cláudia e Gilberto voltaram a trabalhar juntos em Pátria Minha. Como Alice Proença, a atriz reassumiu o papel da adolescente idealista que se revoltava contra a situação política do país. Coincidentemente, o último trabalho de Cláudia em novelas foi Força de Um Desejo, também de Gilberto, como a escrava branca Olívia.

Ao contrário de boa parte dos atores ¿ que garantem ser mais divertido interpretar os vilões do que os mocinhos ¿, Cláudia relativiza sua preferência. A atriz, inclusive, rejeita tais rótulos. Prefere, antes, classificá-los de personagens do Bem e do Mal. "Mocinha ficou uma coisa meio pejorativa porque é sempre aquela personagem bobinha, chorosa... Mas ela também tem a sua força", ressalva.

Das muitas "personagens do Bem" que já interpretou na tevê, Cláudia não se esquece também da Clara, de Barriga de Aluguel. Na trama de Glória Perez, a protagonista era uma moça pobre que alugava seu útero por dinheiro. Desde então, atriz e autora sempre quiseram retomar a parceria.

Depois de algumas idas e vindas, a atriz está cotada para tornar a protagonizar uma novela de Glória Perez, América, prevista para estrear em abril de 2005. "Nós ainda estamos conversando. Mas tenho uma dívida afetiva antiga com a Glória. Se por acaso esse encontro acontecer de novo, vai ser muito bacana", garante.

Instantâneas

  • A carioca Cláudia Abreu Varella estreou na tevê em 1986, como a Luzia de Hipertensão, novela de Ivani Ribeiro. Na trama, Luzia se envolve com Ray, personagem de Taumaturgo Ferreira, o Nelito de Celebridade, mas morre num acidente.
  • No cinema, Cláudia Abreu já atuou em sete longas. O primeiro deles foi O que É Isso, Companheiro?, de Bruno Barreto, de 1997, e o mais recente, O Caminho das Nuvens, de Vicente Amorim, de 2003.
  • Apesar de uma bem-sucedida carreira na tevê e no cinema, Cláudia Abreu não se esquece do teatro. Quando terminar Celebridade, a atriz retoma o espetáculo "Pluft, o Fantasminha", de Maria Clara Machado.
     
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