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Sexta, 28 de maio de 2004, 12h39 
Michael Jackson volta ao tribunal em setembro
 
AP
Michael Jackson: advogados consideraram fiança de US$ 3 milhões muito alta
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Em uma manobra para acelerar a investigação da defesa e da acusação, o juiz Rodney Melville, da Corte de Santa Maria (Califórnia, oeste), marcou nesta sexta-feira, para o próximo 13 de setembro, o julgamento do cantor americano Michael Jackson, acusado de abuso sexual de menor.

Segundo ele, a data ainda poderá ser alterada se os advogados apresentarem motivos fortes para tal.

"Acho que a preparação deste caso vai ser muito difícil devido à grande quantidade de provas", reconheceu o juiz.

De qualquer forma, afirmou, "tomei esta decisão provisória antes de esperar que termine a investigação da acusação, que parece não ter fim".

O advogado de Jackson, Thomas Mesereau, insistiu em reduzir a fiança de US$ 3 milhões que o astro pop americano teve de pagar ao ser preso, em novembro passado. Mas os advogados da acusação insistem em que reduzir a fiança é arriscado quando o acusado é uma "estrela internacional", "adorado em muitos países do mundo com os quais os Estados Unidos não têm acordos de extradição", motivo pelo qual poderia estar "tentado a fugir do país", levando a fortuna.

"A fiança que a defesa quer é comparável ao que o músico pode gastar em um fim de semana em Las Vegas", argumentou a promotoria.

Mesereau destacou que seu cliente jamais abandonaria o país onde tem, entre outras coisas, "uma propriedade de 809 hectares em Santa Barbara", e compromissos com organizações de caridade e sua comunidade.

O advogado adiou para a próxima semana a divulgação completa da acusação formal contra Jackson realizada recentemente por um Gran Júri em Santa Barbara e fixou uma próxima audiência para 25 de junho para decidir se divulgará as gravações das audiências.

O juiz Melville se negou a considerar nesta sexta-feira uma moção apresentada pelos advogados de Jackson em que dizem que a acusação escondeu 400 tipos de evidências básicas, o que estaria prejudicando seu trabalho numa "defesa apropriada".

Em 30 de abril passado, neste mesmo tribunal, Jackson, de 45 anos e pai de três filhos, declarou-se inocente das dez acusações que pesam contra ele, incluindo abuso sexual de um menino, fornecimento de álcool e conspiração para o seqüestro de um menor.

Do lado de fora da Corte, cerca de 30 fãs de Jackson aguardavam ansiosos pelas decisões do juiz.
 

AFP

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