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Chocolate com Pimenta
Sábado, 1 de maio de 2004, 14h37 
Mariana Ximenes explica sucesso de "Chocolate"
 
Luiza Dantas/TV Press
A talentosa Mariana Ximenes
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Chocolate com Pimenta tirou o gosto amargo que a Globo estava provando com as últimas novelas das seis, as desastradas Coração de Estudante, Sabor da Paixão e Agora É Que São Elas.

A produção de Walcyr Carrasco fez a emissora aumentar em pelo menos 12 pontos o horário, com 38 de média, e atingir excelentes picos de 43 pontos. Mais do que isso, apostar novamente em tramas de época para o horário das seis. anto é que o "remake" de Cabocla, que vai se passar entre 1910 e 1930, estréia no próximo dia 10 de maio.

O maior acerto para explicar o sucesso de Chocolate começa com Mariana Ximenes. Escalada pela primeira vez para protagonizar uma novela da Globo, a belíssima atriz paulistana de 23 anos mostrou carisma e competência para encarar as agruras tradicionais de uma heroína romântica.

Acompanhada por um elenco muito bem escalado, Mariana Ximenes conseguiu convencer tanto na fase "patinho feio" de Ana Francisca quanto no processo de glamourização que a personagem sofreu no decorrer da história. Na sexta novela de um carreira meteórica - ela começou em 1998 em Fascinação, no SBT -, a atriz provou ter "pegada" para convencer o público a torcer por suas heroínas. E em Chocolate sem ter usado tanto da sensualidade - arma bastante eficiente como isca de audiência e que suas personagens utilizaram de sobra, por exemplo, na minissérie A Casa das Sete Mulheres e na novela Uga Uga. Nem mesmo o fato de ter feito par romântico com o insosso Murilo Benício abalou a performance de Mariana. O volúvel Danilo já era um personagem desinteressante desde a sinopse e não ganhou nenhum charme com a interpretação burocrática do ator.

Na verdade, Mariana Ximenes foi a única que não se dobrou ao verdadeiro "massacre" dos veteranos sofrido pelos mais jovens do elenco de Chocolate. Não resistiram nem mesmo atores já experimentados como Nívea Stelmann, Rodrigo Faro, Ângelo Paes Leme e Samara Felippo.

Não dá para negar que a Jezebel de Elizabeth Savalla apareceu bem mais, e melhor, do que a vilãzinha Olga de Priscila Fantin. Até porque a veterana contracenou menos com Murilo Benício do que Priscila e contava com o "escada" Ary França, um especialista em humor, como seu serviçal Epaminondas.

Fúlvio Stefanini também conseguiu "deixar para trás" os colegas Cláudio Corrêa e Castro e Ernani Moraes. Principalmente porque rendeu situações engraçadas entre o Prefeito Vivaldo e a caipira Márcia da sempre eficiente Drica Moraes.

Mariana Ximenes também contou com o bom senso do autor em fazê-la transitar principalmente pelo núcleo encabeçado Margarido de Osmar Prado, de longe, o mais eficiente da novela. Osmar vibrou como de costume na pele do confeiteiro matuto e acima de qualquer suspeita. Se não bastasse Drica Moraes e a excelente Laura Cardoso, o núcleo ainda contou com um Marcelo Novaes desglamourizado e convincente como o ingênuo Timóteo.

E a relação angelical entre Margarido e a "virgem" Dona Mocinha de Denise del Vecchio foi uma das tramas paralelas mais acertadas de Chocolate, pois cumpriu a missão de tirar do foco o drama da protagonista. Além disso, inseriu mais graça à história com situações que exploravam a comédia pastelão, estilo que cai bem para um público que está interessado em se divertir em primeiro lugar.

Com dois sucessos de época, entre os três que escreveu para a Globo, Walcyr Carrasco se transformou em um dos autores mais prestigiados da casa. Após a irretocável O Cravo e Rosa, em 2000, e a problemática A Padroeira, em 2001, Walcyr Carrasco voltou a mostrar com Chocolate que sabe escrever tramas envolventes de época com pitadas certas de romantismo e humor.

O melhor é que Walcyr encontrou finalmente o parceiro ideal para trabalhar após a morte de Walter Avancini: Jorge Fernando. Principalmente porque Jorginho conseguiu dar o glamour necessário para as idéias de Walcyr e se distanciar do ritmo da comédia frenética das suas últimas parcerias com Silvio de Abreu. Tudo indica que Benedito Ruy Barbosa, o principal autor de tramas de época como Terra Nostra e Esperança, já tem substituto na Globo.
 

TV Press
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