Reprodução As arrogantes Maria de Fátima (Glória Pires) e Odete Roitman (Beatriz Segall) fizeram história em Vale Tudo

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Alguns personagens marcaram época. Seja por um bordão engraçado, pela importância no enredo, ou carisma ao longo da trama, certos atores ainda são identificados por papéis que interpretaram há muitos anos.

Confira uma seleção com alguns dos personagens mais marcantes da história das novelas.

Vale Tudo
A novela Vale Tudo marcou história. Até hoje ouvimos a pergunta "quem matou Odete Roitman?" quando se fala em algum mistério que parece insolúvel. Na trama de Gilberto Braga, que foi ao ar em 1988, Odete, vivida por Beatriz Segall, foi assassinada, no mistério que seria um dos motes principais da narrativa.

Beatriz conseguiu, com sua matriarca arrogante, ficar marcada na memória do brasileiro. Tanto que a cena que desvenda seu assassinato foi filmada no dia em que foi ao ar, criando especulações e apostas por parte dos telespectadores.

Heleninha, filha de Odete Roitman, interpretada por Renata Sorrah, também caiu no gosto popular, graças a seus vexames causados pelo alcoolismo. Até hoje os vídeos dela dançando bêbada "um mambo caliente" são sucesso em sites como o YouTube.

Vale Tudo ainda rendeu mais uma personagem marcante: a inescrupulosa Maria de Fátima (Glória Pires), que tentava a todo custo enriquecer, inclusive com um casamento arranjado.

Dobradinhas
Alguns atores vão ainda mais longe, conseguindo emplacar dois ou mais personagens inesquecíveis na história das novelas. Dois exemplos são Antonio Fagundes e Lima Duarte.

Fagundes tem pelo menos dois papéis que já fazem parte do imaginário popular. Quem não se lembra do cafajeste Felipe Barreto, um dos homens mais odiáveis da história das novelas? Em O Dono do Mundo, de 1991, era o médico que apostou uma caixa de champanhe com um amigo, dizendo que tiraria a virgindade da noiva de um de seus funcionários. Após uma virada, na qual se torna bom moço, volta a trair a confiança da mesma mulher, novamente em uma aposta.

Cinco anos depois, Fagundes voltava às telinhas como Bruno Mezenga, o Rei do Gado, que batizava a novela. O sotaque, os jargões e o romance com a sem-terra Luana estão até hoje na memória dos fãs.

Já Lima Duarte tem uma galeria de personagens memoráveis. Do vilão em Sua Vida me Pertence, de 1951, primeira telenovela brasileira, passando por Zeca Diabo, de O Bem Amado, dois personagem fizeram história: Sinhozinho Malta e Sassá Mutema.

"Tô certo, ou tô errado?", bordão do coronel Sinhozinho Malta é repetido até hoje. O som de cascavel quando chacoalhava as pulseiras também ficou marcado.

Já o bóia-fria Sassá Mutema, de O Salvador da Pátria, emocionou o Brasil ao declarar seu amor à professora Clotilde (Maitê Proença) e ao passar de agricultor analfabeto a político, após ser acusado injustamente de assassinato.

Bom humor
Alguns personagens ficam tão famosos que chegam a voltar em outras novelas. É o caso da Dona Armênia, de Aracy Balabanian, sucesso em Rainha da Sucata (1990). A mãe superprotetora de seus "três filhinhas", como chamava os filhos por causa do sotaque, caiu no gosto popular com seu bordão "Na chon!".

Dona Armênia retornou em Deus nos Acuda (1992), desta vez como dona de um prédio e reclamando que foi abandonada pelos filhos, que também retornaram em participações especiais.

"Não é brinquedo, não!", bordão de Dona Jura (Solange Couto) em O Clone (2001) fez tanto sucesso que virou uma música, gravada pelo grupo Molejo. As confusões da bem-humorada dona do bar na novela conquistaram o público.

Marcantes
Agora de volta à TV, Juma Marruá marcou a carreira de Cristiana Oliveira. Em Pantanal, novela da Manchete reapresentada pelo SBT, Juma é uma garota selvagem, que vive no Pantanal. Quando está ameaçada, é capaz de - assim como sua mãe - se transformar em onça.

Outro lembrado até hoje é o atormentado Tonho da Lua, vivido por Marcos Frota, que encantou com seu jeito de falar e sua habilidade para esculpir as mulheres de areia que batizaram a trama. Sua relação com as gêmeas Ruth e Raquel (Glória Pires) também ficaram na memória do público.

Beldades
Há quem diga que novela é coisa de mulher. Mas de tempos em tempos, algumas personagens fazem tanto sucesso que até os homens passam a dar uma conferida na trama para ver as beldades que se destacam. Dois exemplos são Babalu e Bebel.

Babalu (Letícia Spiller), de Quatro por Quatro, causou furor em 1994 ao exibir diariamente o corpo em shorts e blusinhas amarradas que viraram moda na época. Sua química com o mecânico Raí (Marcello Novaes) era tanta, que os atores se casaram na vida real, vivendo juntos por seis anos.

E quem não se lembra da "catiguria" de Bebel, sucesso de Camila Pitanga em Paraíso Tropical? Além do corpo e da sensualidade, a garota de programa encantou pela sua simplicidade e seu amor verdadeiro pelo vilão Olavo.