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Terça, 20 de abril de 2004, 09h11 
"Gosto de experimentar tipos", diz Mariana Ximenes
 
André Bernardo
 
Marcelo Liso/Virgulando
Mariana Ximenes
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Para Mariana Ximenes, a Ana Francisca de Chocolate com Pimenta é a personagem dos sonhos de qualquer atriz. "São várias numa só", resume.

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De fato, logo no começo da novela, Ana Francisca não passava de uma matutinha feia e desengonçada, que sofria nas mãos da turma do colégio. Lá pelas tantas, viúva e mais bela do que nunca, ela reaparece em Ventura para se vingar daqueles que a humilharam. Mais adiante, redimida pelo amor de Danilo, papel de Murilo Benício, ela tira o luto e se torna glamourosa. Há pouco, pobretona de novo, se vê obrigada a botar a mão na massa, ou melhor, no chocolate, para dar a volta por cima. Mais uma vez. "Gosto de experimentar tipos. Ainda mais se tiver de mudar o visual. Não tenho medo de usar óculos, pintar o cabelo, raspar a cabeça...", enumera, corajosa.

Aos 22 anos, Mariana Ximenes se orgulha daquela que é a sua primeira protagonista em apenas seis anos de carreira na tevê. "A sensação de dever cumprido é inigualável", derrama-se, visivelmente satisfeita com o resultado. A estréia da atriz aconteceu em 1998, também pelas mãos de Walcyr Carrasco, quando interpretou a dissimulada Emília em Fascinação, atualmente em reprise no SBT. Volta e meia, no intervalo de gravações no Projac, ela sintoniza a tevê no SBT para conferir sua performance inaugural. Apesar de uma interpretação vacilante, ela guarda boas recordações da novela. Principalmente por ter feito uma vilã, gênero de papel que não teve chance de fazer depois. "Não me arrependo ou me envergonho de nada do que fiz até hoje. Fascinação, por exemplo, fiz com a maior dignidade", sublinha.

Depois de Fascinação, Mariana Ximenes voltou a trabalhar com Walcyr Carrasco também em A Padroeira, já na Globo. Na novela, ela interpretava Izabel, donzela que enfrentava a ira materna para viver um grande amor. A admiração pelo autor, porém, é mais antiga que a própria estréia de Walcyr Carrasco na tevê. Ela já acompanhava o trabalho dele desde os tempos em que Walcyr fazia crônicas para a Veja São Paulo. "Até hoje, minha avó, Dorothéia, guarda as melhores para eu ler quando for lá", observa a atriz, que aguarda ansiosa as férias para ler Pequenos Delitos, o novo livro do autor.

Colocar a leitura em dia, no entanto, não é o único projeto da atriz para o segundo semestre de 2004. Como sempre acontece a cada final de trabalho, ela pretende retomar os vários cursos que deixou inacabados. Desde que trancou a faculdade de Cinema em São Paulo para se dedicar integralmente às gravações de Andando nas Nuvens, seu primeiro trabalho na Globo, Mariana passou a ter aulas particulares de Literatura, Mitologia, História da Arte... "Acho importante olhar para trás e ver os degraus que já galguei na carreira. É uma evolução bacana", avalia. Nessa ascese profissional, Mariana ressalva que as sessões de análise possuem uma importância quase vital. É a terapia que ajuda a atriz a se decidir sobre esse ou aquele trabalho e, muitas vezes, a declinar desse ou daquele convite que não considera indispensável na sua carreira. "Gosto do que faço e gosto de gostar do que faço. Mas, para construir uma carreira sólida e duradoura, você precisa dizer alguns 'nãos' de vez em quando", avisa ela, resoluta.

Para Mariana Ximenes, os melhores personagens são sempre aqueles bem diferentes. Dela e entre si. Como a Ana Francisca, que obrigou a atriz a usar óculos de aros grossos, aplique com tranças e até um "achatador de peito", faixa elástica que reduziu os seus 92 cm de busto. "É claro que preciso de dinheiro para sobreviver. Mas penso sempre na minha carreira em primeiro lugar. Se pudesse, só escolheria personagens que me instiguem e histórias que me emocionem", ressalta. Paulista de nascimento, mas carioca de coração, Mariana garante que o sucesso só não lhe subiu à cabeça por causa de seus pais. Desde que começou a morar sozinha no Rio de Janeiro, a família sempre lhe advertiu das ciladas da fama. "Sempre tive meus dois pés no chão. É claro que uma capa de revista é sempre interessante. Mas meu principal objetivo é evoluir sempre, trabalho por trabalho", destaca.

Combustão espontânea
A atriz Mariana Ximenes exala sensualidade em cena. Logo em sua estréia na Globo, ela atiçou a libido dos marmanjos como a casta Celi, de Andando nas Nuvens. Pode-se dizer que a noviça Celi foi apenas um rastilho de pólvora, já que a exuberante Bionda, de Uga Uga, foi uma verdadeira explosão. Para interpretar a noivinha fujona, ela emagreceu cinco quilos, fez bronzeamento artificial e praticou ginástica e musculação. "Por um personagem, faço tudo. Até ginástica. Mas, pessoalmente, prefiro fazer ioga ou caminhar na praia", assegura.

Mais que depressa, a revista Playboy convidou Mariana para posar nua. Em vão. Para tristeza geral, a moça recusou o convite. "Não recrimino quem já posou, mas não é esse o meu intuito", justifica. Apesar de todo o sex-appeal de Bionda, Mariana nunca demonstrou interesse em virar símbolo sexual. "Eu posso até vir a usar a sensualidade como ingrediente para o meu trabalho, mas isso não faz parte de mim. Acho até graça disso. Afinal, sou tão 'pititica'", acredita.

Mesmo assim, Mariana Ximenes já assumiu outros tipos explosivos também no cinema. Em O Invasor, de Beto Brant, fez a filha rebelde de um empresário que namora um assassino, é viciada em drogas e pratica ménage à trois. Já em O Homem do Ano, de José Henrique Fonseca, vive a filha de um dentista ligado ao mundo do crime. Logo nas primeiras cenas, ela surge de calcinha, intimando Máiquel, o protagonista vivido por Murilo Benício, a ir para a cama. "Se você se propõe a fazer um trabalho desses, não pode ter pudores", entende.

Instantâneas
- A paulistana Mariana Ximenes de Prado Nuzzi sempre pensou em ser atriz. Na primeira vez em que falou abertamente sobre a sua vocação, tinha apenas seis anos. "Como já era de esperar, ninguém me levou muito a sério, né?", brinca.
- Aos 17 anos, Mariana fez teste para Andando nas Nuvens, da Globo, sem o consentimento do pai. "Ele queria que eu fosse advogada, que nem ele", recorda. Quando soube que tinha sido aprovada, teve uma conversa séria com a família.
- O primeiro trabalho de Mariana na Globo foi o episódio Dupla Traição, do Você Decide, em abril de 1998. Em dezembro do mesmo ano, participou do piloto da série Sandy & Júnior.
- No cinema, Mariana Ximenes já atuou em cinco filmes. O mais recente deles foi Gaijin 2, de Tizuka Yamasaki, ainda sem previsão de estréia.
- Há dois anos, Mariana Ximenes é casada com o produtor Pedro Buarque de Hollanda, um dos sócios da produtora Conspiração Filmes.
 

TV Press
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