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Ciranda de Pedra
Domingo, 11 de maio de 2008, 15h35  Atualizada às 15h22
'Ciranda de Pedra' começa com capricho e situações-clichê
 
Gabriela Germano
 
Divulgação
Ana Paula Arósio interpreta Laura em  Ciranda de Pedra
Ana Paula Arósio interpreta Laura em Ciranda de Pedra
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A trilha sonora, repleta de bossa nova, mais combina com os ares cariocas do final dos anos 50. Mas Ciranda de Pedra estreou na Globo tendo como pano de fundo a São Paulo de 1958.

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São belas tomadas da cidade, apesar do escorregão da produção em mostrar lugares bem conhecidos do Rio de Janeiro como se fossem da capital paulista. O aeroporto Santos Dumont, por exemplo.

Fora esse deslize e músicas deslocadas de seu tempo e espaço - a novela começou com Chovendo na Roseira, de Tom Jobim, composta em 1971 - a história de Alcides Nogueira mostra de cara atores seguros, além de cenários e figurinos impecáveis. E com belas atrizes, como Paola Oliveira despida em um biquíni, marcou 25 de média com 41% de participação.

Cenas com simples diálogos renderam alguns dos melhores momentos neste início de trama. Bastou a presença de Osmar Prado, como o empresário Cícero, e de Daniel Dantas, que interpreta o vilão Natércio. O bate-bola entre os dois fluiu sem esforço e escancarou a experiência da dupla.

Além dos veteranos, cumpriram seus papéis com eficiência as jovens Tammy Di Calafiori, Ariela Massotti e Anna Sophia Folch. Elas vivem as irmãs Virgínia, Otávia e Bruna respectivamente e mostram um bom entrosamento. E refletem a direção cuidadosa e atenta de Denise Saraceni.

Mesma atenção não foi voltada para o próprio enredo da novela. A atormentada Laura, de Ana Paula Arósio, é presa em casa pelo marido e alimenta uma paixão pelo médico Daniel, do insosso Marcelo Antony. Situação-clichê bastante parecida com dois folhetins recentes: O Profeta e Desejo Proibido.

Tudo está programado para que a personagem de Ana Paula morra no decorrer da história. Mas o autor não esconde que é desafiado até mesmo pela cúpula da emissora em relação a isso. Os inúmeros closes no rosto perfeito, iluminado pelos olhos azuis da atriz, não indicam a morte anunciada.

E é bem provável que Alcides Nogueira não a tire da trama, pois haveria o risco da ciranda não girar mais com a mesma graça.

Por falar em ciranda, a abertura do folhetim peca pela simplicidade e obviedade com pessoas girando de mãos dadas em frente a imagens de São Paulo. Não combina com a sofisticação estética que marca o começo da novela.

A figurinista Gogoia Sampaio caprichou nos vestidos das garotas, das ricas às mais simples, como a professora Margarida, de Cléo Pires. A atriz, aliás, vai precisar de um tempinho para convencer como boa moça da década de 50. O cenógrafo May Martins, por sua vez, também não ficou atrás e investiu na riqueza de detalhes.

Mas tanto cuidado e refinamento muitas vezes têm vida curta. Várias novelas do horário das seis costumam começar lindas, com tomadas espetaculares e cenas bem feitas. Depois tudo se perde.

E como Ciranda de Pedra será quase toda gravada no Projac e em locações no Rio de Janeiro, vai ser difícil mostrar São Paulo sem um certo engessamento.

Vários folhetins do horário também contam com interpretações brilhantes até que o núcleo cômico começa a se destacar mais do que os outros e domina a história. Nessa roda que precisa girar até outubro, por 147 capítulos, é esperar para ver quanto, e até quando, todos giram de mãos dadas.
 

TV Press
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