Márcio de Souza/TV Globo/Divulgação |
Cléo Pires interpreta a professora Margarida na novela |
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Cléo Pires e Leandra Leal têm 25 anos, são filhas de atrizes consagradas - Glória Pires e Ângela Leal, respectivamente - e, a partir desta segunda-feira, dão vida às irmãs Margarida e Elzinha em Ciranda de Pedra, nova novela das 18h da Globo.
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No entanto, as coincidências da vida real não se repetem na ficção. Na trama, Cléo e Leandra são como água e vinho. Margarida é uma recatada professora primária, enquanto Elzinha é uma "piriguete" dos anos 50, doida para arranjar um marido rico.
"Estou adorando a Margarida. Ela é uma fofa. É diferente de tudo o que já fiz. Até o cabelo ela só deixa solto quando vai namorar", conta Cleo, que se notabilizou por personagens sensuais como a Lurdinha de América. A morena terá como par romântico o ator Bruno Gagliasso - eles se conhecem no bonde e vivem amor à primeira vista - e está fazendo aulas de prosódia para maneirar no carioquês.
A novela se passa em São Paulo e teve as primeiras cenas gravadas em Santos. "Tenho economizado nos meus erres e esses para falar com sotaque de paulista."
Cléo conta que atravessa um momento mais maduro. E atribui parte de seu desenvolvimento à prática da ioga "Estou mais velha e amadureci como pessoa e na profissão. Comecei a praticar a Ashtanga Yoga, e ela tem me ajudado muito a ficar mais tranqüila por dentro."
No caso de Leandra Leal, a maior mudança foi exterior. Para a novela, a atriz ficou loura, passou por rigorosa dieta e em cena usa apliques que demoram 1h30 para serem colocados. Ganhou como melhor amigo o laquê. "Foi preciso emagrecer porque Elzinha é gatinha e 'se acha'. Seu bordão é 'Sou biscoito fino'. Mas não tenho idéia de quantos quilos perdi. Vaidosa é ela, prefiro não entrar nessa paranóia", explica a atriz, com visual inspirado em Marylin Monroe.
Moça à frente do seu tempo, Elzinha engravidou adolescente e teve a filha Lindalva (Ana Karolina Lannes), criada como sua irmã caçula. "Não é revelado quem é o pai da criança", diz.
Novo visual
Mesmo antes da enorme mudança no visual para encarnar a espevitada Elzinha, Leandra Leal já era vista com outros olhos por diretores e autores. Há um mês terminou de filmar Bonitinha, mas Ordinária, de Moacyr Góes, como a prostituta Ritinha - personagem eternizada no cinema por Vera Fischer. Leandra ainda aguarda para o mês de julho a estréia do longa-metragem Nome Próprio, de Murilo Salles, em que aparece nua.
"Nunca tinha feito papéis com muita nudez, e nesse filme passo mais da metade do tempo sem roupa. Mas acho muito chata esse história de fase sensual. São só papéis, amadureci, é normal que eles mudem de perfil", explica ela, que não se imagina por isso posando em revistas masculinas. <
"Isso nunca vai acontecer comigo. Sou atriz, meu corpo serve ao meu trabalho, não serve para tirar foto, e nem sou muito boa nisso. Posar nua só aumentaria essa confusão entre ser ator e ser famoso", avisa ela, que garante nunca ter sofrido nenhum tipo de pressão por ser filha de Ângela Leal.
"Minha mãe é uma querida, acho que isso só me ajudou, porque sempre fui recebida com muito carinho pelas pessoas que a conheciam. Se há algum aspecto negativo nisso, eu nunca percebi", conta a atriz, que para não perder o costume vai filmar ainda o longa Ensolação, dirigido por Felipe Hirsch. "Nesse é só uma participação. Vou viver a filha de um arquiteto em uma cidade projetada, como Brasília."
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