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Ciranda de Pedra
Segunda, 28 de abril de 2008, 10h12 
Gravações de novela mostram afinidade entre atores e equipe
 
Mariana Trigo
 
Luiza Dantas/ Carta Z Notícias/TV Press
Atores gravam cena de  Ciranda de Pedra
Atores gravam cena de Ciranda de Pedra
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Uma cena muito simples, com um diálogo breve, pode durar horas para ser realizada. Principalmente se for no início das gravações de uma novela. Quando a produção ainda está se acertando, nem mesmo atores experientes como Osmar Prado e Daniel Dantas estão livre de repetir exaustivamente as falas.

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Durante uma gravação do primeiro capítulo de Ciranda de Pedra, que estréia no próximo dia 5 na TV Globo, Cícero e Natércio, sócios interpretados por Osmar e Daniel, respectivamente, já demonstravam a intimidade dos atores com seus personagens.

Mas não com o cenário do escritório de Cícero na metalúrgica, inaugurado na cena em que ambos discutiam a volta da bela Laura, de Ana Paula Arósio, à sociedade após seis meses enclausurada em uma clínica de repouso.

Sob o comando perfeccionista e atento da diretora Denise Saraceni, a cena se destacava pelo acelerado ritmo de um chorinho, que embalava os estúdios nos ensaios e na gravação. "Tem de ser tudo ligeiro, mostrar que São Paulo não pode parar. Essa rapidez dá a velocidade da câmera e dos figurantes", ordenava Denise, de olho em uma câmera na grua e outra num trilho.

A conversa entre Daniel e Osmar destoava pelo andamento bem mais tranqüilo. Eles comentavam alguns poetas e analisavam o mito de Che Guevara. A tranqüilidade da dupla chamava a atenção diante do clima frenético da gravação, que foi, por várias vezes, interrompida por detalhes no cenário. Como uma emenda malfeita no papel de parede ou uma persiana ligeiramente torta.

O que poderia ter sido gravado em poucos minutos, virou um suplício. "Este acabamento está muito feio. Não vai dar para gravar assim. Está tudo esquisitinho", avisava Denise. Daniel, com seu olhar impassível, e Osmar, com um sorriso de mostrar todos os dentes, continuavam o papo animados.

As feições dos atores começaram a se transformar ao ensaiar uma ação de Cícero trocando quadros de lugar na parede.

"Daniel, o Natércio vai ajudar o Cícero a pendurar", pedia Denise. "Então vou ter de falar com ele para me ajudar", indicava Osmar, já com a testa franzida. "Não quero cacos! Vocês têm intimidade e podem resolver a ação num gesto. Não mudem o texto", ordenava a diretora, que logo resolveu mudar a cena. "Gente, esquece o quadro. Isso é uma bobagem. O importante é o diálogo", bradava.

Muitos minutos depois, Denise pede para que todos troquem de roupa para a próxima seqüência, agora comandada pela diretora Natália Grimberg. Sai de cena toda a descontração dos veteranos Osmar e Daniel.

A feição dos atores muda como num transe de concentração. Afinal, seus personagens partem para uma discussão que por pouco não termina em luta corporal. Mais sucessivos ensaios para a briga, marcada com visível precisão por Natália.

Na cena, Natércio, o vilão de Daniel, entra no escritório de Cícero esmurrando a porta, fazendo com que a secretária Alice (Daniele Suzuki) caia e toda a papelada que está em suas mãos se espalhe no chão. "Estou adorando este personagem. Eu bato legal nas mulheres com ele", brincava Daniel, tentando descontrair o ambiente.

Mas Osmar Prado, absolutamente absorvido pelo personagem, repetia seu texto para os figurantes. Afinal, na cena, seu personagem é verbalmente agredido por Natércio, que reclama da compra de um gerador para a metalúrgica.

A sobrecarga de energia da máquina causa uma pane na rede elétrica da fábrica. Indignado com a forma com que Natércio invade sua sala, Cícero o encara de frente com sua estatura pequena e o queixo erguido.

"Você é o homem do papel e eu da ação! Coloco a mão na graxa, reviro esterco se for preciso", gritava Cícero. "Muito bom, vamos gravar", comemorava Natália, em direção à mesa de edição, para alívio dos técnicos que se entreolhavam com uma expressão de cúmplice alívio.
 

TV Press
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