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Beleza Pura
Domingo, 13 de abril de 2008, 11h18 
Apesar dos estereótipos, 'Beleza Pura' conquista pelo humor
 
Mariana Trigo
 
TV Globo/Divulgação
Edson Celulari e Regiane Alves em cena da novela  Beleza Pura
Edson Celulari e Regiane Alves em cena da novela Beleza Pura
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Beleza Pura é um bem-sucedido mosaico de clichês. Desde a mocinha órfã Joana, de Regiane Alves, passando pela loura rica e má Norma, de Carolina Ferraz, e o pobretão Robson que vira milionário, vivido por Marcelo Faria, a trama da estreante Andrea Maltarolli não seduz por tipos originais.

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Eles praticamente inexistem na história. Mas atrai pela costura bem-humorada entre as cenas, sempre recheadas de diálogos ingênuos, mas com a comicidade leve que o horário exige. Saem de cena os homens seminus e as insinuações de sexo de Carlos Lombardi e as histórias inspiradas em quadrinhos de Antônio Calmon. E entra no ar a simplicidade dos estereótipos, com pitadas de inocência e muito humor. O que parece ser mais do que suficiente.

Dentre os núcleos que mais se destacam, Zezé Polessa e Ísis Valverde, como a ex-chacrete Ivete e a aspirante a dançarina Rakelli, respectivamente, estão com um ótimo ritmo nas cenas de humor. Elas contam com um diálogo rápido e apurado para não cair na caricatura.

Ambas são velozes e perspicazes nos detalhes minuciosos de suas personagens. Obra também da direção geral de Rogério Gomes, que deu o tom descontraído para as cenas desde o início da trama, que manteve um ibope que varia entre 28 e 30 pontos de média, praticamente igual à trama anterior, Sete Pecados.

Para tentar alavancar a audiência do horário, o autor Silvio de Abreu, que supervisionou a fracassada Eterna Magia, foi escalado para assumir a supervisão do texto da novata em novelas. Como a intenção da emissora é voltar a se estabilizar com a média de 35 pontos no horário - o que não acontece desde Cobras & Lagartos, em 2006, que alcançou 38 pontos de média - Silvio, além de direcionar o trabalho de Andrea, ainda freqüentou os estúdios para acompanhar a tarefa dos diretores no início da história.

Com um time reforçado, a comédia parece ter virado território confortável para Andrea, que antes assinou o texto de Malhação por dois anos consecutivos. A autora trouxe para Beleza Pura o mesmo clima das paixões proibidas juvenis. No entanto, soa piegas o namoro às escondidas de Débora, de Soraya Ravenle, e Eduardo, de Antônio Calloni. Apesar da maturidade de ambos, e de cenas até engraçadas, é patética a abordagem infantil da relação.

Menos crível ainda é a personagem da diabólica Norma, de Carolina Ferraz. Com suas habituais caras e bocas - repassadas de personagem para personagem ao longo de sua carreira - a atriz escorrega na interpretação da loura má.

Além dos textos e atitudes exageradamente insanas da personagem, falta coerência na condução da vilã e na atuação de Carolina. Sobra beleza e falta verdade. Vilania pura percorre o batido caminho maniqueísta. Apesar dos tropeços, a autora diz a que veio e mostra que está à vontade no horário.
 

TV Press
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