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Beleza Pura
Domingo, 23 de março de 2008, 13h21 
'Beleza Pura' precisa compensar insosso casal romântico
 
Gabriela Germano
 
João Miguel Júnior/TV Globo/Divulgação
Edson Celulari e Regiane Alves protagonizam 'Beleza Pura'
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Romance água com açúcar funciona bem em muitos filmes americanos, daqueles estrelados uma dezena de vezes por Meg Ryan. Mas para segurar uma novela com centenas de capítulos, a receita precisa ser incrementanda. E em Beleza Pura fica nítido que investir nessa estrutura pode ser arriscado demais.

» Leia o resumo da novela

Se comparado a outros folhetins da atualidade, a trama de Andrea Maltarolli tem um elenco pequeno. Isso às vezes facilita o trabalho de um autor. Mas se o casal protagonista em que foram investidas todas as fichas não funciona, o autor tem um sério problema para levar a novela à frente. E com Regiane Alves e Edson Celulari como os pombinhos centrais, a novela das sete pode não ter gás por muito tempo.

Há pouco mais de um mês no ar, Beleza Pura mantém média de 28 pontos de audiência, marca apenas razoável para a Globo. E, da estréia para cá, o casal parece ainda procurar o tom de seus personagens.

Regiane começou exagerada demais nas falas e nos trejeitos. Está mais amena agora. Mas na tentativa de fugir da mocinha boa que quase sempre é encarada como chata, a atriz cria uma armadilha para si.

Nas cenas em que precisa esbravejar, tem esperneado além da conta. Ainda assim, está melhor do que Celulari, um ator de larga experiência como galã na televisão. No papel do bonitão e atrapalhado Guilherme, porém, a sua performance não parece tão natural.

Os escorregões não são de responsabilidade exclusiva dos atores. O texto da novela é previsível e, quando se trata da dupla principal, chega a ser piegas.

Andrea tem conseguido dosar bem o humor em diversas situações e núcleos, mas algumas piadas simplesmente não funcionam. De qualquer forma, a graça de algumas tramas ajuda a trazer leveza para a novela em um horário desafeito a histórias mais complexas.

E o que acontece é que a melhor parte de Beleza Pura fica nas mãos do núcleo do salão de beleza, encabeçado por Zezé Polessa e Ísis Valverde. Não é natural nem coerente, no entanto, que as duas personagens carreguem a novela nas costas.

Mesmo assim, outros bons atores - o que inclui estreantes em novelas - continuam como meros coadjuvantes no folhetim. Maria Clara Gueiros e Rodrigo Lopez, por exemplo, são boas alternativas que a autora tem em mãos. Mônica Martelli é outra que, a partir deste momento da história, deve aparecer mais e mostrar que toda a experiência como atriz de teatro pode somar.

Fora a supervalorização dos protagonistas e a subutilização de outros bons atores do elenco, Beleza Pura tem problemas fáceis de resolver, como a iluminação cheia de sombras e as monótonas e excessivas cenas em estúdio.

A idéia era fazer uma trama ambientada em Niterói, mas a cidade aparece tão pouco, que não importaria se a história se passasse em Caixa-Prego, Promissão ou Varre-Sai.

Beleza Pura ainda tem tempo para ganhar fôlego. Ou afundar. Andrea Maltarolli é novata, mas não deve ser boba. Os corpos que desapareceram no desastre com o helicóptero, na primeira semana da novela, não apareceram até o momento. Eles podem ser encontrados em uma hora estratégica e autora terá aí a chance de movimentar sua obra.


 

TV Press
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