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Caminhos do Coração
Sábado, 15 de março de 2008, 11h23 
Novela cresce na audiência com rivalidades entre mutantes
 
Márcio Maio
 
Antonio Chahestian/Record/Divulgação
A atriz Bianca Rinaldi está no elenco de Caminhos do Coração
A atriz Bianca Rinaldi está no elenco de Caminhos do Coração
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Definitivamente, Tiago Santiago se deu bem com os mutantes de Caminhos do Coração. Quando a novela estreou, em agosto do ano passado, o autor deixou claro que poderia dar mais espaço para a trama policial ou para as mutações genéticas.

» Leia o resumo da novela 'Caminhos do Coração'

Tudo dependeria da reação do público. Com a audiência média de 18 pontos e picos que chegam a 26, o autor explora cada vez mais as cenas de ação com seus seres criados em laboratório e logo deve revelar o nome do mandante dos crimes do marginal Eric, de Tuca Andrada.

Prova de que o recurso "quem matou" não pegou na Record. A informação já está nos capítulos do início de abril. A estratégia de contar o nome do verdadeiro culpado bem antes do final da história pode parecer incoerente, mas tem fundamento.

A tentativa de elevar a audiência no horário fez a emissora esticar a duração do folhetim, que só deve sair do ar em setembro. E, para ser exibida durante mais de um ano, Tiago vem movimentando a história e já antecipa os fins de alguns personagens.

Gudi, Helga e Ana Luz, dos atores/cantores Toni Garrido, Preta Gil e Fafá de Belém, desaparecerão nos próximos capítulos. Preta, aliás, que deveria ser a grande aposta como vilã na história, não emplacou e vai sair de cena fazendo o que já está acostumada fora da ficção.

Helga vira cantora e foge de São Paulo, com medo do ex-marido Eric. Além disso, novos mutantes aparecem a cada semana, inclusive os criados em computação gráfica. Louise D'Tuani, por exemplo, mal saiu do ar em Luz do Sol e já encarna uma mulher com poderes de invisibilidade na trama.

Com tantos personagens passeando pela história e a atual falta de elenco enfrentada pelas emissoras, é previsível que alguns atores estejam aquém do esperado no ar.

Mas até para isso a novela já deu um jeito. Os efeitos especiais ¿ bem mais convincentes que os da Globo ¿ fazem com que, por vários instantes, esses mutantes apareçam calados e se transformando em seres bizarros.

Disfarça a inexperiência e dá velocidade à história, que também conta com ingredientes típicos de novelas do horário nobre,como romances problemáticos, disputa pelo poder e filhos que maltratam os pais, entre outros.

Além de resgatar o realismo fantástico ¿ tão bem trabalhado por Dias Gomes e seguido também, durante algum tempo, por Aguinaldo Silva ¿, Tiago Santiago renovou a imagem de alguns atores e mexeu com estereótipos.

O autor colocou Fernanda Nobre no papel da adulta romântica Lúcia, fez Pedro Malta deixar de lado o jeito infantil e aparecer como o adolescente Eugênio e escalou Cláudio Heinrich para interpretar Danilo, um gay afetado e cômico.

Acertou não só nessas decisões, mas também na hora de selecionar Ítala Nandi como a grande vilã da clínica Progênese. A atriz, há anos mal aproveitada pela televisão, é um dos principais destaques da história na pele da inescrupulosa doutora Júlia.

Mas, mesmo com todas as cenas de ação que Tiago escreve, a novela deixa a desejar no que diz respeito às locações. Como o autor optou por uma trama ambientada em São Paulo e os estúdios da emissora são no Rio, as externas se resumem às cenas da ilha onde está concentrada a maior parte dos mutantes.

Além disso, numa tentativa de amenizar o "engessamento" dos estúdios, quase todas as mudanças de núcleos são marcadas por longos "stock shots" ¿imagens genéricas da cidade. A estratégia não resolve o problema e provoca uma sensação de "déjà vu".


 

Redação Terra
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