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Beleza Pura
Domingo, 24 de fevereiro de 2008, 13h26 
'Beleza Pura' combina dramalhão e comédia romântica
 
Mauro Trindade
 
TV Globo/Divulgação
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Beleza não é absoluta. Muda conforme a hora, o local e os olhos de quem a vê. Talvez por isso nem uma nova novela, com um elenco cheio de gente talentosa, consegue fazer bonito e deter a linha descendente da audiência do horário das sete na Globo.

» Veja o resumo da novela

Segundo a emissora, Beleza Pura estreou com 32 pontos de audiência e 49% de participação, contra 36 pontos do início de Sete Pecados, que a antecedeu. No último capítulo, esta cravou 39 pontos. Talvez os motivos estejam menos na qualidade das produções e mais no que o público quer ver. E o que não quer.

A autora Andrea Maltarolli estréia à frente de uma trama que aposta na combinação de duas fórmulas antigas, mas que permanecem fazendo sucesso na televisão e no cinema.

A primeira é da criança abandonada, melodrama com direito a orfanatos, muita carência e um mar de lágrimas. Este enredo, digno de novela mexicana ou da argentina Chiquititas, é capitaneado por Regiane Alves no papel da dermatologista Joana, mas que bem que poderia se chamar Marisol. Depois de algumas atuações com personagens fúteis e malvadas, a atriz com olhos de malícia convence como a moça boa e chorona em busca da mãe.

A segunda receita de sucesso vem dos filmes românticos americanos, com um homem e uma mulher que brigam o tempo todo mas acabam vivendo um grande amor.

O argumento é velho como A Megera Domada, de Shakespeare, mas o modelo aqui são as comédias de Doris Day e Rock Hudson dos anos 50, entre elas, Confidências à Meia-Noite.

Edson Celulari faz o papel do garanhão Guilherme que anda às turras com a mesma Joana de Regiana Alves, além de tentar conquistar Sônia, de Christiane Torloni.

E, nas horas vagas, consegue ser assediado por garotas como Gianne Albertoni, que faz uma ponta como piloto de helicóptero. Celulari borboleteia sobre as moças, em um personagem mais leve que o helicóptero Carcará que ele cria. A aeronave brasileira cuja queda movimenta a ficção é, na verdade, um conhecido modelo franco-germânico.

Carolina Ferraz, por sua vez, parece nascida para o mal. Sua Norma, apaixonada e sequer notada por Guilherme, é personificação de que não há ódio maior sobre a Terra do que o de mulher desprezada. A atriz foge dos clichês e constrói uma vilã classuda, sem exageros.

Mesmo Humberto Martins escapa de seus personagens despidos, sempre pronto a tirar a camisa e exibir o tórax cabeludo. Seu cirurgião plástico Renato é verossímil como um chefe antipático, mandão e salivante.

Com bons closes nas belas atrizes e "stock shots" do Rio de Janeiro, Beleza Pura tem o mérito de fugir da obviedade das paisagens da zona sul carioca, tediosamente repetidas nas novelas de Gilberto Braga e Manoel Carlos.

Apresenta ao telespectador Niterói e a baía de Guanabara e demonstra que sempre há novos ângulos para descobrir o que é belo. Pena que a edição picotada, numa tentativa de transmitir a sensação de ação e velocidade, e a trilha sonora incidental - com sambas orquestrados para o núcleo pobre e rock-farofa para o rico - fiquem melhor em Malhação.


 

TV Press
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