|
|
Busca |
Busque outras notícias no Terra:
|
|
|
Representantes dos estúdios de Hollywood e dos roteiristas em greve acertaram os termos iniciais de um novo contrato que pode ser apresentado a líderes sindicais dentro de alguns dias e, se aprovado, colocar fim à greve de três meses já no final desta semana.
» Entenda a greve dos roteiristas
Apesar das linhas gerais de um acordo terem sido fixadas no fim de semana passado, os dois lados ainda precisam redigir um contrato antes de um documento formal ser submetido à aprovação dos quadros diretores dos braços da Costa Leste e da Costa Oeste do Writers Guild of America (WGA na sigla em inglês), afirmaram pessoas próximas.
Tais pessoas, que não possuem autorização para falar publicamente a respeito das negociações devido a um veto imposto aos meios de comunicação, disseram que os negociadores esperavam que diretores do WGA se decidam sobre o acordo até sexta-feira.
Caso aceitem as condições negociadas, os líderes do WGA determinariam a suspensão da greve. Mas a direção do sindicato dos roteiristas está dividida, e a paralisação pode continuar até assembléias realizadas com os membros da entidade decidirem a questão.
Uma fonte disse que um avanço importante nas rodadas mais recentes de negociação, iniciada em 23 de janeiro, deu-se quando ficou resolvido o quanto os roteiristas deveriam receber pelas propagandas colocadas em vídeos exibidos por "streaming" na Internet.
Essa fonte também descreveu o acordo envolvendo os escritores como uma melhora em relação aos termos de um contrato anterior selado com os diretores de Hollywood e que ajudou a abrir as portas para que os estúdios e o WGA retomassem as negociações após semanas de impasse.
"Eles chegaram a um acordo sobre as linhas gerais, e agora precisamos traduzir isso em uma linguagem contratual, processo esse que esperamos transcorra bem, e continuar com o mesmo espírito de progresso que as negociações testemunharam até agora," afirmou.
As notícias sobre o acordo marcam o primeiro sinal de um avanço concreto nos esforços que visam colocar fim à greve desde que o processo entrou em colapso, no dia 7 de dezembro.
Os cerca de 10.500 membros do WGA pararam de trabalhar no dia 5 de novembro, quatro dias depois de seu antigo contrato com os estúdios de filme e TV ter expirado, abalando 20 anos de paz trabalhista em Hollywood.
A greve atrapalhou o funcionamento da indústria televisiva nos EUA e prejudicou várias produções de filmes, custando, segundo estimativas, cerca de 650 milhões de dólares em salários desperdiçados apenas na área de Los Angeles. E a economia local perdeu US$ 1 bilhão em faturamento como conseqüência da greve, segundo estimativas.
Segundo o Daily Variety, os executivos da TV consideram o dia 15 de fevereiro como a data-limite para levar os roteiristas de volta ao trabalho a tempo de salvar o que resta da atual temporada e criar novos scripts para os programas do próximo outono.
Para os estúdios de cinema, março parecia ser a última chance de evitar grandes percalços na agenda de lançamentos de 2009.
|