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Malhação
Domingo, 3 de fevereiro de 2008, 13h39 
'Malhação' é antiga demais para a época atual
 
Gabriela Germano
 
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Há 13 anos no ar, o desgaste da fórmula poderia ser uma justificativa para a baixa audiência atual de Malhação. A novelinha marca uma média de 23 pontos, mas em áureos tempos chegou a atingir picos de 42.

A explicação para esse declínio, no entanto, não é tão simples assim. O elenco muda, o pano de fundo para as histórias muda, as tramas principais são sempre alteradas, mas a maneira como o folhetim é conduzido mostra-se ingênua demais para a época atual.

O mundo se transforma com o tempo, mas alguns dramas que afligem o universo adolescente são os mesmos. Conflitos familiares, gravidez na adolescência, namoros proibidos e falta de popularidade na escola continuam sendo alguns dos motivos de maior aflição dos jovens.

O que não quer dizer que, como em outras épocas, eles queiram ouvir falar apenas disso. Para uma geração em que as informações chegam rápido e fácil, Malhação é quadradinha, boba mesmo. Parece até perda de tempo.

Nesta nova temporada, as autoras Patrícia Moretzsohn e Jaqueline Vargas ao menos conseguiram romper com o discurso politicamente correto que dominava o texto da novela em anos anteriores.

Todos os problemas que envolvem os personagens são apresentados de uma maneira mais natural, sem a intenção de servir como lição de moral para o público. Pelo menos agora, Malhação é divertida. E no melhor sentido do termo.

Isso, porém, não basta para tornar a produção atraente. Sem contar que, mesmo em momentos que pretendem abusar do humor, há algumas escorregadas. Como na passagem em que o personagem Bodão, de Bernardo Mendes, acredita que será pai. O garoto passa a desfilar pelo colégio com um carrinho de bebê e uma boneca, com a intenção de treinar como é cuidar de um recém-nascido.

Ficção tem limite e até para uma criança, essa situação é risível. Debilidade mental é pouco. Nos núcleos que contam com atores mais velhos, também há a exploração do drama como no folhetim clássico mais tradicional.

O fundo musical dá o tom exagerado, as lágrimas correm e tudo fica muito parecido com uma novela das seis, das sete ou das oito da emissora. Em um tempo em que os jovens telespectadores buscam mais viver impactantes experiências audiovisuais e menos acompanhar uma boa história, Malhação é, além de tudo, tediosa.

Não há erros graves na novelinha juvenil da Globo. Na atual fase ela tem, inclusive, boas promessas como as atrizes Carolinie Figueiredo e Nathalia Dill. Mas o que está em alta são as cenas de ação, os efeitos especiais, e Malhação não tem nada disso. Ela está fora de moda. E como atualmente basta estar "out" para ser descartado, a novela passa cada vez mais despercebida.


 

TV Press
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