Luiza Dantas/TV Press Ângela Vieira interpreta Diva na nova temporada de Malhação

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"Já trabalhei com esse público antes. Acho o máximo estar com 55 anos e entrar em uma trama feita para jovens. Pena que eu não tenha muitas cenas com esse núcleo", explica.

E o trabalho veio bem a calhar. Reservada para Duas Caras desde o fim de Cobras & Lagartos, uma mudança na sinopse fez com que a atriz ficasse de fora da trama de Aguinaldo Silva. "Estava totalmente disponível. Acho que houve uma mudança na idade da minha personagem em Duas Caras e escalaram uma atriz com mais idade", afirma.

Mas, ao ser questionada sobre qual seria seu papel na novela das 20h, Ângela é cuidadosa com a resposta. "Seria deselegante com a outra profissional se eu revelasse essa informação", despista.

Apesar de nunca ter participado de Malhação, você já trabalhou em obras que abordavam temáticas jovens, como Coração de Estudante. Como é, aos 55 anos, trabalhar para esse público?
É diferente do que sempre faço, então isso dá uma motivação a mais para o trabalho. E o mais engraçado é que, apesar de estar em uma trama adolescente e trabalhar rodeada de jovens atores, a Diva, minha personagem, não está diretamente envolvida com eles. Na verdade, trabalho para os jovens, mas não apareço do lado deles. Foi uma surpresa boa, até porque fiquei um bom tempo reservada para Duas Caras e, pouco antes de começar a gravar, fui substituída. Essa novidade veio em uma boa hora.

Por que você não ficou em Duas Caras?
Sinceramente, não fiquei muito a par do que realmente aconteceu. O que me informaram foi que algumas alterações na sinopse provocaram a escalação de uma atriz um pouco mais velha para o meu lugar. Essas coisas acontecem, é normal. E, como fiquei reservada, não tinha nenhum outro compromisso na televisão. A equipe do Ricardo Waddington precisou de uma atriz com o meu perfil para Malhação e me chamaram de uma hora para outra. Me ligaram e, quatro dias depois, eu estava gravando as primeiras cenas. Mas não fico até o final da temporada, é só uma participação especial de mais ou menos um mês.

Você já sabe o que vai fazer depois dessa participação? A emissora já tem outros planos para você?
Ainda não conversaram comigo, mas não estou com tanta pressa para voltar ao ar. Me programei para Duas Caras, então estou envolvida em outros projetos para o ano que vem. Vou montar com o Herson Capri e com o Wolf Maya a peça Adorável Júlia. Mas, como contratada, tenho que estar pronta para entrar onde me quiserem. Só torço para que me consigam um papel diferente desses últimos que peguei. Fiz mulheres chiques e elegantes em Senhora do Destino, Cobras & Lagartos e em uma participação em Paraíso Tropical. Agora, em Malhação, mais uma vez ganhei uma personagem requintada. Quero interpretar alguém que fale alto, que sente de pernas abertas, enfim, que mostre um lado que a Ângela Vieira tem e que não está aparecendo na TV ultimamente.

Por que você acha que essa linha de personagens tem se repetido no seu currículo?
Essa é uma coisa que me pergunto de vez em quando. As pessoas me enxergam um pouco desse jeito. E acho que quando você fica marcado em um determinado tipo de personagem, as pessoas automaticamente associam sua imagem a outros papéis semelhantes. E quem analisar meu currículo pode ver que nem sempre foi assim.

Existe alguma possibilidade de sua participação em Malhação ser estendida?
Não sei como ela vai sair da história, mas acho que a intenção é mesmo tirá-la de cena. Pelo texto, há possibilidades sim, porque ela tem um conflito com o Tiago, seu filho, interpretado pelo Guilherme Winter. Mas, quando me chamaram, verificaram minha disponibilidade por apenas um mês. Isso me faz acreditar que não devem ocorrer mudanças na sinopse. Mas, se for preciso, fico com prazer.