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Terça, 2 de outubro de 2007, 01h50  Atualizada às 05h26
Assaltado, Luciano Huck desabafa contra insegurança
 
Alfredo Junqueira e Sabrina Grimberg
 
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Vítima de assalto no bairro nobre dos Jardins, em São Paulo, o apresentador de TV Luciano Huck teve medo de morrer ao ter seu Rolex roubado por dois motoqueiros armados com revólveres calibre 38, quinta-feira. Dentro de seu carro com vidros escuros, Huck não foi reconhecido pelos bandidos.

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"Foi tudo muito rápido. Eles encostaram a arma na janela do carro, eu abri e entreguei o relógio", contou o apresentador em entrevista a O DIA, direto de Nova Iorque, onde está gravando para o Caldeirão do Huck.

Os altos índices de violência em São Paulo são confirmados em relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgado ontem: a cidade responde por 1% de todos os homicídios do mundo. Cerca de 50% dos assassinatos no Brasil acontecem em São Paulo e no Rio.

Os dados do Relatório Global sobre Assentamentos Humanos mostram ainda que, entre 1970 e os dias atuais, a taxa de homicídios em São Paulo quadruplicou. No Rio, triplicou.

O documento traça paralelo entre o aumento da violência e a explosão demográfica de São Paulo. A cidade cresceu a taxas anuais de 5%, entre 1870 e 2000, quando chegou a 18 milhões de habitantes. O relatório ressalta que, incapazes de lidar com as demandas por serviços urbanos e justiça, as instituições civis foram "esmagadas pelo ritmo e o tamanho do crescimento populacional".

No dia seguinte ao assalto, Huck escreveu artigo, publicado ontem na Folha de S.Paulo. "Não veria meu segundo filho. Deixaria órfã uma inocente criança (o filho Joaquim, de 2 anos). Uma jovem viúva (a mulher Angélica, grávida de sete meses). Uma família destroçada. Uma multidão bastante triste. Um governador envergonhado. Um presidente em silêncio. Por quê? Por causa de um relógio".

O apresentador já andou de carro blindado, mas "aboliu" a idéia. "Não queria assumir que estávamos vivendo em Bogotá. Errei na mosca. Bogotá melhorou muito. E nós? Bem, nós estamos chafurdados na violência urbana e não vejo perspectiva de sairmos do atoleiro", escreveu no artigo.

Em tempos de Tropa de Elite, Huck não poupou as autoridades em suas críticas e pensou até em Capitão Nascimento como salvador. "Mas descobri que, na verdade, Tropa de Elite é uma obra de ficção e que aquele na tela é o Wagner Moura, o Olavo da novela. Pensei no presidente, mas não sei no que ele está pensando".

O Brasil é o país que apresenta os maiores índices de sensação de insegurança entre as nações que foram analisadas no estudo sobre violência urbana, no relatório global do Programa das Nações Unidas para Assentamentos Urbanos (UN-Habitat). O levantamento da ONU concluiu que cerca de 70% dos brasileiros "se sentem inseguros quando retornam para casa à noite".

O Brasil é seguido por África do Sul, Bolívia, Botsuana e Zimbabue. A Índia é o país com menor índice de insegurança registrado: 13%. Os dez primeiros lugares estão divididos entre países da África e da América Latina.

Outros dados sobre a violência urbana no Brasil foram destacados no documento. Todos os dias, morrem 100 pessoas, em média, vítimas de armas de fogo no País. No Rio, a proporção por armas é maior que o dobro da média nacional.

Em 1999, São Paulo registrava número recorde de 11.455 assassinatos. A estatística é cerca de 17 vezes superior à de Nova Iorque que, no mesmo ano, contava 667 crimes desse tipo.

Os índices de homicídio variam em São Paulo. No Jardim Paulista, bairro nobre da capital, a taxa é de 1,2 homicídio por 100 mil habitantes; no distrito de Guaianazes, esse número dispara para 115,8 por 100 mil.

Diadema, na região metropolitana de São Paulo, foi uma das cidades que mais cresceram recentemente e registra taxa de 141 homicídios para cada 100 mil habitantes, uma das maiores do mundo.

O relatório mostra ainda que a taxa global de homicídios cresceu cerca de 30% nos últimos 20 anos. Foi de 2.300 para 3 mil assassinatos para cada 100 mil habitantes, em média.
 

O Dia

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