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Sábado, 8 de setembro de 2007, 16h10 
"A Record me dá as melhores oportunidades", diz Bianca Rinaldi
 
Gabriela Germano
 
Pedro Paulo Figueiredo/ Carta Z Notícias/TV Press
Bianca Rinaldi teve seu talento reconhecido em novelas da Record
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Por trás dos cachos dourados e dos olhos azuis angelicais, esconde-se uma Bianca Rinaldi, 32 anos, muito determinada. Foi com todo esse empenho que ela, aos 19 anos, conhecida no Brasil inteiro como ex-paquita, não deu bola para críticas ou preconceitos e foi estudar interpretação.

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Como atriz, não estourou na Globo, onde fez papéis pouco relevantes. Mas depois de protagonizar novelas como Pícara Sonhadora e Pequena Travessa, no SBT, chamou a atenção de Herval Rossano que a convidou para interpretar a personagem título de A Escrava Isaura, na Record. Foi o começo da ascensão na carreira.

Bianca assinou contrato até 2010 com a emissora, fez sucesso no exterior e, em seguida, protagonizou outro folhetim, Prova de Amor. "É a Record que está me dando as melhores oportunidades", valoriza a atriz.

No primeiro escalão de atores da Record, Bianca encarna agora a acrobata Maria, em Caminhos do Coração. Além de batalhar para manter o circo da família de pé, apesar das dificuldades, a personagem protagoniza cenas de lutas marciais para se livrar dos vilões que a perseguem na história e que a acusam de ter cometido um assassinato. "É uma justiceira, uma heroína de ação, um papel diferente e que era meu sonho fazer", empolga-se Bianca.

A Record tem um elenco mais restrito do que a Globo, emissora onde você começou. Isso lhe deu mais oportunidade de ganhar papéis de peso em novelas?
É a Record que está me dando as melhores oportunidades. Imagino que os atores que são funcionários da Globo tenham chance também. Mas penso muito no aqui, no agora. Nunca parei para analisar que possibilidade eu teria se estivesse em outro lugar. A Maria, minha personagem atual, por exemplo, é uma chance rara na televisão brasileira. Fazer uma heroína de ação é a realização de um sonho profissional.

Caminhos do Coração é a sua terceira novela na Record. Em todas você foi a protagonista. Como você analisa sua trajetória na emissora?
Estou muito feliz com o desenrolar da minha carreira desde que fiz A Escrava Isaura. Foi uma experiência especial, que vai ficar marcada para sempre na minha vida. Essa novela me deu repercussão internacional. No exterior, eles idolatram a personagem. É um frisson incrível. Acho que vou colher frutos desse trabalho a vida inteira. Estive há pouquíssimo tempo nos Estados Unidos e fiz muito sucesso por lá. Fui divulgar Prova de Amor também em Portugal. Mas com a Isaura é diferente. Eles me vêem como uma estrela. Depois disso, veio a Joana de Prova de Amor, novela que também foi um sucesso. No meio desse trabalho, o Tiago Santiago já tinha me avisado que eu faria a protagonista de sua próxima novela. É bom saber que o autor e a casa acreditam em mim, tanto é que tenho contrato assinado até 2010.

Antes de A Escrava Isaura, no entanto, a primeira chance de protagonizar uma trama quem lhe deu foi Silvio Santos. Como foi a experiência de trabalhar no SBT?
O Silvio foi o primeiro a apostar em mim. Quando cheguei no SBT, eles estavam reiniciando a produção de novelas. Então estava todo mundo muito animado. Tanto a Pícara Sonhadora quanto a Pequena Travessa tiveram um resultado muito bom. E o SBT tem um público muito específico, são as pessoas que acompanham o Silvio. Não tive dificuldade de trabalho na emissora e foi tranqüilo o tempo que fiquei por lá.

O fato de ter surgido na tevê aos 15 anos como paquita pode ter atrapalhado o seu reconhecimento como atriz mais cedo?
Não achei nada complicada a transição de paquita para atriz, mas as pessoas confundem muito. Existe preconceito, sim. As pessoas deixam de valorizar o seu trabalho. Mas não parei para pensar nisso porque você tem de meter a cara, seguir em frente e de cabeça erguida. Ter sido paquita nunca foi um problema para mim. Não me arrependo e nem me envergonho de nada do que fiz. E se alguma coisa não tão boa acontecer comigo, no mínimo vai ser um aprendizado. A gente tem de aprender com as coisas e não ficar se lamentando. É preciso tirar proveito de todas as experiências.

Você acha que deu sorte nas escolhas que fez até aqui?
Se a sorte chega e você não está preparado para aproveitá-la, ela vai embora. Porque você acaba deixando as oportunidades passarem. Eu prefiro não depender da sorte, mas se ela vem, quero fazer por merecê-la. Acredito de verdade que quando a gente batalha para conseguir algo e corre atrás de nossos objetivos, a tendência é que tudo flua da melhor maneira. Estou com 32 anos e ainda quero fazer muita coisa. Sou calma, tranqüila e sei que se eu me organizar vou conseguir fazer tudo o que quero. No início de minha carreira de atriz eu nem queria me ver. Mas o tempo passou e fui aprendendo. Hoje já consigo apreciar uma cena minha. Vejo o que precisa ser melhorado e não sofro com isso. Estou muito contente com a minha profissão e com tudo o que conquistei até esse momento.

Muita coisa mudou desde a sua estréia na Record até agora?
Muita. Houve um amadurecimento geral tanto meu quanto da emissora. A cada novela quero me aperfeiçoar mais e fazer um trabalho melhor. E a Record já tem uma produção de teledramaturgia totalmente estabilizada.

E como foi a sua preparação para incorporar a heroína e acrobata circense de Caminhos do Coração?
Fui para o circo entender o dia-a-dia das pessoas que vivem dessa arte. O trabalho de observação é muito importante para o ator. Também li o livro Circo Nerino, que conta a história de um dos maiores circos do Brasil. O mais bacana é que quando a gente vê de fora, acha lindo. Mas só experimentando esse tipo de atividade é que a gente descobre como é difícil. Porque exige muito do corpo e da mente. O que mais me marcou em todo esse tempo de preparação foi ver como as pessoas se dedicam para fazer o circo acontecer. Elas não esmorecem, não abaixam a cabeça por menor que seja a quantidade de dinheiro. Também fiquei três meses fazendo aula de trapézio e de tecido. Foi bem complicado. Já tinha uma tendinite no braço e, como não cuidei direito, virou bursite. Mas não é nada grave e estou tratando para poder gravar. Perdi uns três quilos nessa preparação. Os músculos também enrijeceram. Como já fui ginasta, ganho músculo com facilidade. Também me dediquei às aulas de luta e de defesa pessoal, porque a personagem é uma justiceira.

A personagem é corajosa. Mas como toda mocinha, a Maria também deve sofrer muito?
As mocinhas sempre choram, sofrem, foi assim com a Joana de "Prova de Amor" e com a Isaura. Mas a Maria tem um diferencial. Ela bate muito. Como vai ter de provar a sua inocência em relação à morte do Sócrates, a personagem busca fazer valer a justiça o tempo todo. A Isaura tinha o Leôncio infernizando a vida dela e a Maria tem o delegado Taveira, personagem do Gabriel Braga Nunes. Ela vai ter de se mexer para driblá-lo.

Profissional precoce
Bianca Rinaldi iniciou sua carreira na tevê como uma coadjuvante diferente. Não integrava o núcleo secundário de uma novela. Mas ficava, ao lado de outras garotas, em um palco onde Xuxa era o centro das atenções. Aos 15 anos, ela deixou São Paulo e se mudou para o Rio de Janeiro para integrar a trupe de paquitas da apresentadora.

"Não perdi nada ao estrear na tevê ainda adolescente. Sempre tive disciplina porque era ginasta profissional antes disso e já tinha minhas responsabilidades", afirma a atriz, ao justificar que não sofria com as exigências de Marlene Mattos, produtora responsável pelo Xou da Xuxa.

Em 1994, decidiu se dedicar às aulas de interpretação e ganhou a primeira oportunidade de se mostrar como atriz na Globo, em Malhação. Mas foi só em outras emissoras que teve melhores chances. Conseguiu a primeira protagonista da carreira no SBT, com Pícara Sonhadora. Em 2004, o diretor Herval Rossano a levou para a Record para incorporar a personagem título de Escrava Isaura.

Da época em que dançava com bota e chapéu em meio às crianças até hoje, como atriz do primeiro escalão da Record, Bianca coleciona lembranças e fãs. "Tem pessoas que me acompanham desde a época da Xuxa. No meu site eles relembram histórias do meu início de carreira e falam que me vêem até hoje. Essa fidelidade é uma delícia", derrete-se. Projeto internacional
O cinema é uma experiência que Bianca Rinaldi viveu menos do que gostaria. Quando ainda era paquita, filmou com Xuxa Sonho de Verão, em 1990. Depois de um bom tempo, em 2004, a atriz fez uma pequena participação no longa Didi Quer Ser Criança, de Renato Aragão. Adorou, mas nunca mais aconteceu. Uma personagem que Bianca fez na tevê, no entanto, pode reabrir as portas da sétima arte para ela.

A Escrava Isaura foi exibida na Espanha e teve um telespectador especial: o diretor Pedro Almodóvar. "Ele viu as cenas da novela e iniciamos um contato. Estou na torcida para que algo aconteça", revela a atriz, sem esconder a empolgação.

Não é à toa que Bianca tem tanto carinho pela escrava branca que representou. O cineasta espanhol, no entanto, não é o único que está de olho na moça. No Brasil, Roberto Bontempo planeja produzir em 2008 o filme Síndrome. A atriz está cotada para integrar o elenco. "A história fala sobre as síndromes do mundo, entre elas a do pânico", adianta Bianca.

Trajetória Televisiva
# Xou da Xuxa (Globo, 1990) - Xiquita
# Malhação (Globo, 1997) - Úrsula
# Chiquititas (SBT, 1998) - Andréa
# Pícara Sonhadora (SBT, 2001) - Milla Lopes
# Pequena Travessa (SBT, 2002) - Júlia
# A Escrava Isaura (Record, 2004) - Isaura/Elvira
# Prova de Amor (Record, 2005) - Joana
# Caminhos do Coração (Record, 2007) - Maria
 

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