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Domingo, 19 de outubro de 2003, 22h02 
"Na Globo você tem de pedir", diz Gustavo Haddad
 
Renata Petrocelli
 
SBT/Divulgação
Gustavo Haddad divide uma cena de  Canavial  com Bianca Castanho
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Gustavo Haddad se orgulha de nunca ter pedido um trabalho a nenhum profissional da tevê, do teatro ou do cinema. Com Paulo, o mocinho de Canavial de Paixões, não foi diferente.

O ator garante que, envolvido em três projetos teatrais ao mesmo tempo, chegou a se surpreender com o convite do diretor de elenco Fernando Rancoletta. Mas, depois de participar de cinco novelas no SBT, onde iniciou sua carreira em Colégio Brasil, de 1996, o ator acha uma evolução natural ser chamado para viver na emissora seu primeiro protagonista. "Fiz muitos trabalhos legais aqui. E acho que a única diferença do protagonista para os demais personagens é que ele grava mais cenas", minimiza.

No caso do ritmo de produção do SBT, isso pode significar cerca de 15 horas por dia nos estúdios, média que o ator vem enfrentando desde o início das gravações da novela. Ao contrário de reclamar do cansaço, no entanto, Gustavo defende a idéia de que a "maratona" facilita a incorporação do personagem e até o processo de assimilação dos textos. "Tenho vivido mais a vida do Paulo que a minha própria. Chega uma hora em que já sei o que ele falaria ou como reagiria a determinada situação", justifica o ator, que garante ler apenas duas ou três vezes o texto até decorar suas falas.

A composição do personagem também não deu muito trabalho. Segundo Gustavo, principalmente porque é bem mais fácil interpretar um papel quando já se conhece a trajetória do início ao fim, caso das tramas do SBT, adaptadas de originais mexicanos. Antes de começar a gravar, no entanto, ele se dedicou com especial atenção a um trabalho que teve a oportunidade de desenvolver pela primeira vez. Como só começa a viver o personagem na segunda fase da trama, depois da passagem de 15 anos, Gustavo fez questão de assistir a todas as cenas de Giovanni Delgado, que vive Paulo quando criança. "A interpretação de uma criança tem uma ingenuidade e um frescor muito interessantes. Procurei resgatar as intenções dele na minha própria interpretação", explica o ator.

Apesar de Canavial ser seu sexto trabalho no SBT, esta é apenas a segunda vez que Gustavo grava dentro da própria emissora, já que novelas como Colégio Brasil, O Direito de Nascer e Dona Anja foram produções independentes. Depois de passar pelos dois tipos de experiência, o ator acha que o processo atual coloca a maior parte da responsabilidade pela qualidade artística da novela nas mãos dos atores. Pelo menos é assim que ele se sente. "A equipe não tem tempo de cuidar da interpretação. Tenho de estar a todo momento pronto para dar um tiro certeiro", valoriza Gustavo, que admite já ter tido vontade de repetir várias das cenas que gravou na novela. "Mas ficou só na vontade", conforma-se, aos risos.

Em sete anos de carreira na tevê, sempre divididos com as freqüentes atuações no teatro, Gustavo já passou também pela Globo, onde atuou em A Padroeira e no "folheteen" Malhação. Mas, ao contrário da maioria dos atores de sua geração, não tem a emissora como prioridade em sua carreira. "Lá você tem de ficar pedindo, puxando saco. Não sei se é certo ou errado, mas para mim não dá", dispara. Atualmente, Gustavo gasta o tempo que lhe sobra atuando no espetáculo Zoo Story, de Edward Albee, em cartaz no Teatro Cultura Inglesa, em São Paulo.

Nem sempre, no entanto, ele consegue chegar a tempo nas sessões de sexta-feira, quando tem um ator substituto. "Sempre digo que não vou mais fazer as duas coisas ao mesmo tempo, mas surgem convites irresistíveis", justifica-se.

O convite para atuar em Canavial foi tão "irresistível" que fez Gustavo abandonar dois outros projetos teatrais. Mas, para muito além de interpretar seu primeiro protagonista, ele destaca as características de Paulo como o lado mais instigante do trabalho. "Ele não é o típico herói bobinho das novelas mexicanas. É forte, corre atrás do que quer, é agressivo quando necessário, tem um lado de anti-herói", opina, aparentemente convencido das diferenças.
 

TV Press
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