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Vidas Opostas
Segunda, 16 de abril de 2007, 12h59  Atualizada às 13h22
Novela faz sucesso mostrando violência real do Rio
 
Munir Chatack/ Record/Divulgação
Vidas Opostas  mostra a realidade do tráfico no Rio de Janeiro
Vidas Opostas mostra a realidade do tráfico no Rio de Janeiro
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As novelas brasileiras são famosas no mundo inteiro pelos dramas românticos, mas a violência que amedronta e ameaça a população acabou sendo responsável pelo sucesso na telinha de uma produção que mostra tiroteios, traficantes e policiais corruptos.

» Violência no Rio é comparável a zonas de guerra
» Leia o resumo da novela

Vidas Opostas, da Record, tem grande audiência especialmente no Rio de Janeiro, onde a trama se passa, apesar de alguns acharem que as pessoas já estão cansadas de ver sangue nos telejornais e na vida real.

"Estamos mostrando as coisas como elas são no Rio - favelas, traficantes, policiais corruptos, políticos desonestos, e as pessoas no meio disso tudo", disse o diretor Alexandre Avancini.

A história, gravada em parte numa favela de verdade, já bateu a Globo em dias de futebol, num sinal inegável de sua popularidade. "Estamos felizes de incentivar essa discussão sobre a violência. A dramaturgia da TV brasileira demora muito para absorver a realidade", afirmou Avancini.

Mas não falta romance. Vidas Opostas conta a história de um jovem herdeiro milionário apaixonado por uma garota que mora numa favela. A favela é controlada por um grupo de traficantes que disputa o poder com uma organização rival, que por sua vez conta com o apoio de um policial corrupto - um cenário típico nas mais de 600 favelas do Rio.

Muitas cenas fazem parte do dia-a-dia, como num tiroteiro dentro do túnel lotado de carros, com motoristas apavorados abandonando seus veículos em busca de proteção. Em outra cena, uma gangue rival invade uma favela com um comboio de carros, com metralhadoras atirando para todo lado, forçando os moradores a se abaixarem no chão de seus barracos. Na operação policial que acontece depois, um oficial atira num inocente e planta uma arma na mão do morto.

"Acho que recriar essa realidade na TV pode ajudar a fazer com que haja um debate saudável sobre a violência, ajudar as pessoas a entender como os favelados comuns vivem e sofrem. Esse realismo é melhor que assistir a um filme de ação qualquer de Hollywood", disse o sociólogo Ignacio Cano, especialista em violência.

O diretor disse que a reação do público mostrou que a enorme maioria dos telespectadores é favorável a uma representação realista da vida no Rio. A novela, que deve ter 210 capítulos até julho, atrai muitos espectadores do sexo masculino por não ser tão melodramática, afirmou ele. "A reação generalizada é que os brasileiros estão dispostos a encarar a realidade e a discuti-la, que a audiência amadureceu."

Ele negou que a emissora esteja explorando um assunto em alta só em busca da audiência, e rebateu as críticas de exaltação à criminalidade. "São crônicas, coisas que acontecem, um raio X da vida cotidiana. A intenção é mostrar, não explorar. E estamos tendo muito cuidado em mostrar que os traficantes são os vilões e que as pessoas sofrem por causa deles."

Numa tentativa de seguir a tendência do concorrente, a Globo vem usando episódios da vida real como tema para as novelas, como numa cena em que uma personagem morreu dentro de um ônibus incendiado por criminosos. O incidente real, em dezembro, matou nove pessoas.
 

Reuters

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