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Domingo, 5 de outubro de 2003, 19h39 
Cláudia Ohana não gosta de sua personagem no SBT
 
Gabriel Melo/TV Press
 
TV Press
Claudia Ohana que estrela a nova novela do SBT,  Canavial de Paixões
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Cláudia Ohana tem uma predileção declarada: personagens complexos, que exigem composição. Mas nem o fato de a doce Débora Faberman, de Canavial de Paixões - com estréia marcada para o dia 13 de outubro - ser um tipo simples a desmotivou no convite do SBT para fazer uma participação de apenas três capítulos na trama.

"Eu sempre gostei de personagens ímpares. Mas recebi uma proposta muito boa e não tinha porque recusar", avalia a atriz, que emplaca a 11ª novela da carreira, a primeira fora da Globo.

A primeira aparição de Cláudia na tevê foi no seriado global "Obrigado Doutor", com Francisco Cuoco e direção de Walter Avancini, em 1981. Depois, ela integrou o elenco da novela Amor Com Amor Se Paga, de Ivani Ribeiro, em 1984, mas não se empolgou com o trabalho na televisão.

Acostumada com o cinema - onde começou a carreira em 1979 com o longa Amor e Traição, de Pedro Camargo - Cláudia diz que foi muito difícil se adaptar à telinha. "Eu estava muito despreparada. E novela é feita às pressas, com pouca atenção para o ator", admite.

A atriz preferiu dar seqüência à bem-sucedida trajetória no cinema. Um dos destaques foi Erêndira, de 1983, uma co-produção entre Brasil, México e Alemanha, baseada no texto de Gabriel García Márquez. Sua interpretação como uma menina que era prostituída pela avó lhe rendeu até propostas para trabalhos na Europa e um ensaio na Playboy americana - posteriormente, ela foi capa da edição brasileira da revista.

Mas a limitação dos papéis que recebia - sempre de tipos latinos - e a necessidade de impulsionar a carreira no Brasil fizeram com que a atriz decidisse apostar na tevê. "Se você quer ser uma atriz por aqui, a tevê é o mais importante. Senão eu tinha ficado lá fora e me tornado uma atriz latina na Europa", aponta.

Cláudia ficou sem fazer novelas até ser convidada, em 1989, para interpretar a personagem-título de Tieta, de Aguinaldo Silva, na fase jovem - depois de mais velha, a personagem foi feita por Betty Faria. A partir daí, ela não parou mais. Em seguida, ganhou um papel em Rainha da Sucata, de Sílvio de Abreu, como a repórter Paula.

"Mas eu ainda não gostava de fazer tevê", lembra. Cláudia afirma que só aprendeu a trabalhar na telinha quando interpretou a misteriosa cantora Natasha, em Vamp, de Antônio Calmon. "Só ali eu entendi como agir, como brincar. Quando você começa a curtir, fica legal", analisa a atriz, que considera que o sucesso alcançado pela trama contribuiu para seu desenvolvimento.

Cláudia também fala com entusiasmo de seus personagens em A Próxima Vítima e As Filhas da Mãe, ambas de Sílvio de Abreu. Na primeira, a atriz viveu a maquiavélica Isabela.

Na trama, Cláudia protagonizou cenas marcantes de sexo e violência, sempre levada aos extremos. A atriz recorda que chegou a chorar durante a gravação de uma cena em que Isabela era espancada pelo noivo Diogo, vivido por Marcos Frota.

"Levei porrada mesmo e não gostei. Tiveram até que providenciar uma dublê", conta Cláudia, que, apesar da experiência negativa, define a novela como "maravilhosa".

Já em As Filhas da Mãe - seu último trabalho na tevê - ela encarnou a stripper e alpinista social Aurora. "Sou uma atriz que gosta de construir personagens. Além dela ser uma perua, eu tinha que fazer strip-tease mesmo", destaca.

Agora, em Canavial de Paixões, a atriz interpreta Débora, a carinhosa esposa de Fausto, personagem de Jandir Ferrari, e mãe de Clara, a protagonista vivida por Bianca Castanho. Com a morte de Débora em um acidente de carro, sua irmã Raquel, de Helena Fernandes, casa com o cunhado e leva Fausto a duvidar da paternidade de Clara.

Isso porque Débora teve um romance juvenil com o usineiro Amador, vivido por Victor Fasano - que também deixa a trama ainda na primeira semana. "Aí ela passa a ser caluniada e quem sofre as conseqüências é sua filha", narra.

Prós e contras Cláudia garante ter ficado satisfeita com a oportunidade de trabalhar no SBT. Ela afirma que, apesar da infra-estrutura ser bem mais modesta que a da Globo, não sentiu falta de profissionalismo. Mas Cláudia acha que o SBT deveria melhorar a parte técnica.

Para ela, os cenários e figurinos são de boa qualidade, mas o resultado na tevê deixa a desejar. "Não sei o porquê, pois não sou técnica. Mas espero que invistam mais nessa área", avalia.

Para a atriz, a emissora poderia apostar também em dramaturgia brasileira. "Temos autores maravilhosos", cobra. Cláudia considera, ainda, que o fato de o SBT trabalhar com obras fechadas pode ser prejudicial. Segundo ela, isso impede o retorno do público e do próprio autor sobre o desempenho do elenco. "A novela fica um pouco estagnada e não pode ser conduzida", afirma Cláudia.

Apesar disso, Cláudia afirma estar satisfeita pelo SBT manter uma alternativa de trabalho importante para os atores brasileiros. De acordo com a atriz, outras emissoras também devem produzir mais. "Para nós, quanto mais mercado melhor", diz.

Ela elogia, ainda, o tratamento que lhe foi dispensado, repetindo o já surrado discurso de que a empresa é como uma família. "Você acaba conhecendo mais as pessoas. E são todos muito carinhosos", derrete-se.

Instantâneas
*Antes de atuar no longa Amor e Traição, Cláudia Ohana havia feito pontas em Os Sete Gatinhos, de Neville D'Almeida, e Bonitinha Mas Ordinária, de Braz Chediak.

*Durante sua passagem pelo cinema internacional, Cláudia trabalhou com o "higlander" Christopher Lambert no filme Priceless Beauty, em 1989.

*Depois que focou sua carreira na tevê, Cláudia deixou o cinema um pouco de lado. Mesmo com a retomada da produção nacional, seu último longa foi Erotique, de Ana Maria Magalhães, em 1994. "Estou doida para voltar ao cinema", confessa.

*Cláudia Ohana também é cantora. Ela já emplacou músicas na trilha sonora de duas novelas. Em Vamp, de Antônio Calmon, Cláudia cantava Simpathy For The Devil, dos Rolling Stones. Para Estrela-Guia, de Ana Maria Moretzsohn, ela gravou Um Girassol da Cor do seu Cabelo, de Lô Borges e Márcio Borges.

*A estréia de Cláudia no teatro só aconteceu em 1993, quando estrelou o musical Rock Horror Show, dirigido por Jorge Fernando.

*Além das novelas em que atuou, Cláudia participou da minissérie A Muralha, de Maria Adelaide do Amaral, como a prostituta Antônia.
 

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