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Luz do Sol
Domingo, 1 de abril de 2007, 11h02 
Com história agradável, 'Luz do Sol' peca pela mesmice
 
Gabriela Germano
 
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A Record está realmente empenhada em alcançar o primeiro lugar seguindo os passos da Globo. E, recentemente, com a estréia de Luz do Sol, dá uma mostra de que segue não só as boas estratégias da concorrente, mas também as ruins. Já faz um bom tempo que a líder em audiência apresenta folhetins repetitivos e não ousa mais em sua produção de teledramaturgia. A vice-líder, então, também preferiu apostar na mesmice. Mas fazendo tudo direitinho, é claro. Contratou Ana Maria Moretzsohn, que já emplacou sucessos como Estrela Guia, em 2001, na Globo, e conhece bem a receita tradicional. No folhetim que substitui Bicho do Mato, a autora aposta nos romances, no drama em torno da história central - o seqüestro de uma garota -, e em altas doses de emoção, como ela bem gosta de fazer e como o público está bastante acostumado a ver.

» Leia o resumo da novela

Há, no entanto, uma diferença importante e óbvia entre as duas emissoras. Para a Globo, basta manter os seus números de audiência para continuar no topo. Já a Record precisa de mais. Tem de buscar algo além para não ser sempre a segunda colocada. E com uma história até agradável, mas sem nenhum diferencial, é difícil imaginar que um público novo se interesse pela trama. Afinal, se for para ver mais do mesmo, talvez valha a pena continuar acompanhando as histórias da emissora da família Marinho, ainda imbatíveis na qualidade técnica.

Antes mesmo da estréia de Luz do Sol, Ana Maria Moretzsohn deixou claro que iria investir na emoção e que nem mesmo as cenas de ação - grande aposta da Record ultimamente - estariam muito presentes em sua história. Polemizar também não é o forte da autora e tocar em temas picantes pode ser o mesmo que dar um tiro no pé. Vide Gilberto Braga, que amarga baixos resultados ao abordar a prostituição em Paraíso Tropical. Mas é preciso mais do que construir uma história que parece voltada só àqueles que querem sentar e relaxar. Não com a mesma ousadia de Marcílio Moraes, autor de Vidas Opostas. A violência e os tiroteios que ele tanto exibe nem caberiam no horário. Mas com a mesma coragem que Marcílio teve de apresentar assuntos que, na tevê, ainda parecem curiosos.

Porque os personagens, Ana Maria Moretzsohn já consegue deixá-los atraentes. Mesmo Susana Werner, que teve uma rápida participação no primeiro capítulo, foi muito convincente. Petrônio Gontijo, que retorna à tevê depois de um bom tempo de ostracismo, encarna um papel de viúvo e pai de primeira viagem que lhe cai muito bem. É um dos melhores do elenco. Os atores, aliás, estão quase todos muito à vontade, como se tivesssem sido escolhidos a dedo para seus personagens. Inclusive Giuseppe Oristânio, em um inacreditável papel de "garanhão à la José Mayer" está engraçado e bastante crível. O elenco, junto das velhas mas sempre belas imagens do Rio de Janeiro e uma trilha sonora agradável que vai de Jorge Vercilo a Rita Lee, forma um conjunto que até caminha bem. Mas só.

A intenção de não inovar se reflete em uma média de audiência de 12 pontos, praticamente a mesma marca da antecessora. É uma opção que, se não afugenta telespectadores, também não atrai público novo. Uma manobra mais acertada para manter a audiência do que para aumentá-la.

Luz do Sol, enfim, pode ser uma ameaça só se a concorrente errar. É uma novela muito "quadradinha" para conseguir surpreender por si só. Não é boa e nem ruim. É regular. Não pode empolgar demais os ânimos da Record. Pois se Ana Maria Moretzsohn já emplacou sucessos, escreveu também fracassos. É só lembrar de Sabor da Paixão, de 2002. Que ela sirva de exemplo.
 

TV Press
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