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Domingo, 28 de setembro de 2003, 16h00 
Participações especiais dão brilho a Kubanacan
 
Renata Petrocelli
 
Globo/Divulgação
Marcos Pasquim e Regina Duarte em Kubanacan
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De uma coisa o telespectador de Kubanacan não pode reclamar. Depois de cinco meses, a novela de Carlos Lombardi não apresenta sequer vestígio da célebre "barriga", que sempre atinge as tramas em algum momento entre a empolgação da estréia e a correria dos desfechos. E os índices de audiência em torno dos 38 pontos provam que a história tem fôlego de sobra para resistir à "esticada" proposta pela Globo e manter o interesse do público até janeiro.

Neste sentido, um dos principais méritos da trama é a estrutura episódica. Através de atraentes participações especiais, Lombardi consegue dar um colorido especial à alucinada e misteriosa trajetória de seu herói, Esteban, interpretado por Marcos Pasquim. O mais recente "reforço" foi Regina Duarte, que não saiu da trama sem antes desvendar mais uma peça do quebra-cabeças que envolve a vida de Esteban.

A atriz esteve tão bem na pele da mafiosa Maria Félix que Lombardi já prevê seu retorno no final da trama. Regina transitou com naturalidade pela comédia e mostrou uma faceta bastante diferente da que está acostumada a explorar em seus papéis na tevê. Chegou até a lembrar os bons tempos de Roque Santeiro, onde encheu de charme, humor e escracho a impagável viúva Porcina.

O autor já tinha feito algo parecido com a Rubi, de Carolina Ferraz. Longe da imagem fina e glamourizada a que esteve constantemente associada, a atriz fez da desajeitada garota um dos grandes destaques da história, ganhando espaço cativo na ciranda de casais. Mas Regina surpreendeu por se mostrar completamente à vontade no universo do autor. As recorrentes reviravoltas e as inúmeras faces do mocinho Esteban certamente já teriam cansado o público, não fossem as novidades inseridas por personagens como Maria Félix. E a estratégia de Lombardi funciona exatamente porque qualquer novo personagem tem sempre um dado a acrescentar à recomposição da vida do desmemoriado Esteban.

De nada adiantaria se atores como Daniela Escobar, Cristiana Oliveira, Paulo Betti, e a própria Regina só enfeitassem a história. A ciranda de encontros e desencontros sexuais e amorosos, bem ao gosto do autor, ganharia algumas possibilidades de casais, e só. Mas, principalmente depois que os personagens episódicos deixaram de ser apenas mulheres que diziam fazer parte do intenso passado afetivo/sexual de Esteban, a trama ganhou muito em possibilidades. Enquanto Regina não volta, as próximas revelações ficam por conta de Letícia Spiller, que recusou um papel na trama, mas não resistiu ao convite para uma participação. Como praticamente todos os personagens da história, Laura terá duas "caras". Depois de chegar com pose de santa, vai colocar as manguinhas de fora e atrapalhar os planos de gente como Celso Camacho e Mercedes, vividos por Marco Ricca e Betty Lago, na corrida pela presidência do país. Nada que surpreenda, levando-se em conta o ritmo frenético da história.

Mas seria injusto dizer que Kubanacan não surpreende. Causa até espanto observar como os problemas atravessados pela produção não se refletem nos índices de audiência. Primeiro, o autor teve de lidar com a saída de Humberto Martins, um dos protagonistas da história. Como o general Carlos Camacho já estava mesmo meio apagado, parece que o público nem sentiu sua falta.

Agora, escalado para dirigir Dinastia, trama de Aguinaldo Silva que entra no ar depois de Celebridade, o diretor Wolf Maya quis tirar férias e foi substituído por Roberto Talma. A novela era a terceira parceria de Lombardi com Wolf - as outras foram Uga Uga e a minissérie O Quinto dos Infernos - e o ritmo ágil das cenas do diretor sempre traduziu muito bem o espírito das tramas do autor.

Mas, segundo a assessoria da emissora, que mantém o nome de Wolf nos créditos da novela, Talma não vai influenciar na estética das cenas, cuidando apenas dos trâmites burocráticos da produção. Conhecido pela rapidez com que conduz as gravações, no entanto, o diretor poderia até ajudar a dar um jeito no que talvez seja o maior problema de Kubanacan: a limitada frente de capítulos. Até agora, há apenas um capítulo de frente e os atores vivem se queixando dos roteiros entregues sempre em cima da hora.


 

TV Press
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