Munir Chatack/Record/Divulgação "Eu não faço o personagem, eu sou o personagem", diz Renata Dominguez

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A atriz tem no currículo quatro novelas, três delas na Record. "Hoje em dia é fácil ir para o canal, confiar no potencial da emissora. Eu me orgulho de ter participado desse começo", disse.

Sobre o destino de Cecília, Renata não esconde a ansiedade com o desfecho da personagem. "Eu sou a principal suspeita da morte do Ramalho (Jonas Bloch), mas acho que não serei eu. Já fizemos até bolão."

Leia a seguir a entrevista com a atriz:

Você acha que, de certa forma, sua presença na emissora contribuiu para o crescimento da audiência?
Com certeza, não tenho dúvidas disso. Na época que eu fui pra Record, quase ninguém acreditava no projeto A Escrava Isaura. Hoje em dia é fácil ir para o canal, confiar no potencial da emissora. Na época, poucos atores eram experientes e eu me orgulho disso, de ter participado desse começo. Um sonho se tornou realidade muito rápido. Eu vi que era uma estratégia séria, que eles estavam realmente investindo não só em atores como em equipe, recursos humanos, equipamentos e qualidade, tratamento diferenciado.

Como você foi chamada para protagonizar Bicho do Mato?
Foi por causa da audiência que eu ganhei a Cecília. Toda vez que a minha personagem Paty, de Prova de Amor, aparecia na tela, a audiência subia. O convite foi conseqüência disso.

Você já mudou de visual diversas vezes para compor um personagem. Essas mudanças já te irritaram alguma vez?
Não, eu adoro. Sou uma atriz muito intensa, perfeccionista ao extremo. Eu não faço o personagem, eu sou o personagem. Encaro para valer, topo qualquer mudança e acho que o que é essencial tem que vir de dentro. Cada personagem tem uma energia, um olhar. Eu ficaria careca ou engordaria por um papel, sem pensar.

Com o final das gravações de Bicho do Mato, o que a TV pode esperar de Renata Dominguez nos próximos meses?
Primeiro eu quero matar as saudades de mim (risos). Preciso me reencontrar, vou tirar um mês para relaxar, ficar com minha família. Vou para Nova York, farei um curso de interpretação de um mês e meio e volto em seguida para tocar dois projetos: um filme e um seriado.

E como vai ser o final da novela e de sua personagem? Você já sabe o que vai acontecer?
Não, estamos brincando de telespectador, até bolão já fizemos. Ninguém sabe quem matou o Ramalho (Jonas Bloch) e os autores estão fazendo de uma forma que todo mundo é suspeito. Eu sou a principal suspeita, mas acho que não serei eu.

No ritmo intenso de final de novela, como anda sua rotina?
Eu estou cansada, física e emocionalmente. Estou em um ritmo que não é estresse de fim de novela, mas de começo. Tenho dormido duas a três horas por dia, chegando à noite e estudando as falas do dia seguinte. As pessoas pensam que ser atriz tem todo um lado glamuroso, que preza principalmente a falta de privacidade, mas não é verdade. Acho até que isso não é defeito da profissão, parte de cada um. A partir do momento que você uma imagem público, você é autor de seu escândalo. Hoje em dia, tem famosos que não querem ser mais o personagem, mas sim o ator por trás dele. Eu não, eu quero ser a Cecília de Bicho do Mato.