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Charles Bronson e Jill Ireland na premiação do Oscar de 1974 |
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O ator americano Charles Bronson, um dos últimos "durões" de Hollywood, morreu neste sábado, aos 81 anos, no hospital Cedars-Sinai de Los Angeles, vítima de uma pneumonia.
Veja fotos da carreira do ator
Charles Bronson ficou internado por quatro semanas e faleceu ao lado de sua terceira mulher, Kim Weeks, segundo o agente Lori Jonas.
Filho de um casal pobre de imigrantes, um russo e uma lituana, ele era o 11º de 15 irmãos. A precoce morte de seu pai, quando tinha apenas 10 anos, o levou a trabalhar nas mais variadas atividades antes de se dedicar ao cinema.
O ator rodou 97 filmes de cinema e TV, além de participar de vários episódios de séries, quase sempre como um rude vaqueiro, bandido, soldado, um caçador de recompensas, ou um vingador sanguinário contra malvados criminosos, papel que era sua especialidade.
Charles Buchinsky, seu verdadeiro nome, nasceu na cidade mineradora de Ehrenfeld, na Pensilvânia (EUA), e começou a trabalhar nas minas de carvão aos 16 anos.
Teve três filhos: Susan e Tomy (com sua primeira mulher, Harriet Fendler, com quem se casou em 1944) e Zuleika (com Jill Ireland, com quem se uniu em 1968).
Após a morte de Jill, em 1990, por um câncer de mama, o que o levou a uma profunda depressão, Bronson se casou anos mais tarde com Kim, que o acompanharia até sua morte.
Depois de conhecer um pouco do mundo como tripulante de bombardeiros na Segunda Guerra Mundial, Charles decidiu não voltar para sua cidade natal e tomou a decisão de ter aulas noturnas de interpretação no conservatório de Arte Dramática Pasadena Playhouse.
Animado com o dinheiro que os atores ganhavam, procurou trabalho em diversas companhias de teatro da Pensilvânia e da Califórnia, onde alguns produtores perceberam seu talento para filmes de ação para a TV.
Seus traços rudes e sua voz dura lhe abriram as portas e, a partir de 1951, ele começou a fazer papéis secundários de homens de caráter determinado e audacioso.
No final dos anos 60, Charles Bronson já era um clássico coadjuvante do gênero, atuando em filmes como Sete Homens e um Destino, Fugindo do Inferno ou Os 12 Condenados.
Com medo de não conseguir papéis de protagonista e seguindo os passos do também "durão" Clint Eastwood, no final dos anos 60 e início dos 70, ele atuou em uma série de filmes produzidos na Europa, como O Passageiro da Chuva, ou os Spaguetti Western rodados na Espanha ou na Itália, como Era uma Vez no Oeste e Sol Vermelho.
Ao voltar para Hollywood, Bronson tinha se tornado uma estrela e protagonizou a maioria dos filmes nos quais trabalhou depois. Em muitos deles, apareceu como gângster, caçador de recompensas, ou vingador justiceiro.
Nas décadas de 70 e 80, Bronson rodou uma impressionante lista de filmes, sem um orçamento significativo, mas com muita ação, transformando-se num dos atores mais bem pagos e populares de Hollywood.
Em 1977, por exemplo, estrelou Desejo de Matar, que mostra como um progressista antibelicista embarca em uma sangrenta saga de assassinatos de criminosos para vingar a morte de sua família.
O filme, que chegou até a parte V, sofreu muitas críticas, por sua violência gratuita e uma mensagem política inadequada. Bronson defendeu, porém, seu personagem, alegando que o cidadão era indefeso diante da falta de ação das autoridades contra o crime.
Na vida real, Charles era tão arisco quanto muitos de seus personagens, característica que se acentuou após a morte de sua segunda mulher.
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