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Há seis anos afastada da teledramaturgia - sua última atuação foi na novela As Filhas da Mãe -, Regina Casé volta a divertir os brasileiros como atriz na pele da parteira Maria Ninfa na minissérie Amazônia. Na trama, ela é casada com Genival (Tonico Pereira) e vive às turras com o Padre José (Antônio Calloni).
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"Ficar no Acre e desligar de tudo fora dali foi ótimo, para mim é como férias", conta a atriz, empolgada. "Teve uma coisa muito linda que a primeira cena que gravei foi justamente meu personagem chegando lá. E fui eu chegando lá de verdade mesmo, ainda não tinha visitado a locação. Então foi bonito: eu no barquinho, chegando e era verdadeiro", relembra.
Regina, que na maior parte do tempo está na pele de produtora, diretora ou apresentadora, se faz no papel de atriz. "A responsabilidade não é minha, saca? Não tenho que cuidar de nada, só ir lá e fazer, é quase como descansar", diz.
E descansar é tudo que ela não faz. Regina está ligada sempre, tendo idéias para programas. Foi assim que surgiu seu xodó, o Central da Periferia. "Eu me emocionei nesse programa milhares de vezes. Até dá um pouco de medo, é uma droga poderosa, porque é tão forte, é tão emocionante. Quando você chega nessas comunidades é um mar de generosidade, uma avalanche de amor. Fico com raiva como essas pessoas podem ser ignoradas", empolga-se.
Mas ela diz que seu trabalho não é unanimidade. "As pessoas acham que glamourizo as favelas. Mas o lado ruim já está no jornal, o que eu quero mostrar é o lado bom. Quero separar pobreza de criminalidade. Você ser pobre não é problema nenhum. Mas pobre digno. Ninguém precisa ser rico, essa mania de ser rico é igual à mania de ser jovem. O mundo não foi sempre assim", declara Regina. Inclusão social, para ela, é palavra de ordem: "Se fosse vereadora faria lei que todas as crianças teriam de ir na casa de suas empregadas".
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