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Amazônia
Domingo, 31 de dezembro de 2006, 09h00  Atualizada às 09h04
Minissérie sobre a Amazônia mistura História e ficção
 
Mariana Trigo
 
Renato Rocha Miranda/Divulgação
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A minissérie Amazônia - De Galvez a Chico Mendes é o projeto mais antigo de Glória Perez. A autora acreana garante que mesmo antes de estrear com a trama Eu Prometo, na Globo, em 1983, já queria homenagear seu estado natal. Esperava apenas ter acesso a equipamentos mais leves, capazes de funcionar com mais agilidade na mata. Com câmaras mais compactas foi possível gravar em locações no Acre e no Amazonas, como em rios e igarapés.

Veja a foto ampliada!
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A trama da Globo, que estréia no próximo dia 2 de janeiro, conta a história do Acre a partir da exploração da borracha com a colonização da Amazônia em 1899 até 1988, ano em que o seringalista Chico Mendes foi assassinado. A minissérie de 55 capítulos mostra os divergentes pontos de vista da vida no seringal e conta a história dos três maiores "heróis" da região em três diferentes fases da trama: Galvez, vivido por José Wilker, Plácido de Castro, de Alexandre Borges, e Chico Mendes, interpretado por Cássio Gabus Mendes. "Sempre quis contar essa história do Brasil para os brasileiros e levantar a discussão sobre o destino da Amazônia", explica Glória.

Na trama dirigida por Marcos Schechtman, Glória apresenta um estado marcado pelo contraste entre o luxo e a pobreza no mais glamouroso período que o Norte do Brasil já viveu. A minissérie vai exibir o esplendor da riqueza obtida pelos "coronéis" no eldorado dos seringais, que não se incomodam em acender charutos com as então valiosas notas de 100 mil réis. E também será mostrada a vida dos milhares de nordestinos, que seguiam para a região em busca de trabalho e melhores oportunidades de vida.

A história da família do Coronel Firmino, dono de um dos maiores seringais da floresta, costura a trama com a saga de sua família abastada. No contraponto, o seringalista Firmino, de Jackson Antunes, mostra o sofrimento dos empregados. "Os coronéis acham que estão certos, pois dão emprego aos que morrem de fome no sertão", justifica José de Abreu, já imbuído da personalidade de seu personagem.

Mas em meio à luta dos seringueiros, a história será entremeada por muitos romances e lendas. A mais célebre delas é a do boto que virava homem e engravidava as moças em noites de lua cheia na beira do rio. Delzuíte, personagem de Giovanna Antonelli, engravida do requintado Tavinho, de Paulo Nigro, filho do Coronel Firmino, mas diz que o pai é o boto. A atriz confirma a fama de assanhados dos mamíferos. "Passei oito dias nadando com botos selvagens. Eles não são como os golfinhos da Disney. Me mordiam e chegaram a me marcar inteira", diverte-se Giovanna.

Em Manaus, longe dos seringais que foram cenário para diversas batalhas da trama, a história exibe o charme da "belle époque" no início do Século XX. O lucro obtido com o látex construiu uma capital sofisticada em meio à floresta. Por isso, será retratada a efervescência cultural da época, com a edição de jornais editados em vários idiomas e a presença de diversas companhias de ópera e de teatro. Numa delas, a gananciosa Lola, personagem de Vera Fischer, reencontra o amigo espanhol Luís Galvez Rodrigues. O culto e afortunado diplomata abre um cabaré para Lola e se torna presidente do Acre após vencer a disputa do território com a Bolívia. "Ele foi um estadista, um visionário que duelava como ninguém", anima-se José Wilker.

Em um dos confrontos do líder, Galvez conquista a envolvente espanhola Maria Alonso, uma cantora de ópera vivida por Christiane Torloni. "Essa personagem é diferente de tudo que já fiz. É um reencontro com minhas origens porque sou descendente de espanhóis", comemora Torloni.

Todos os romances, batalhas e lendas sobre a região serão misturados com histórias fictícias para contar uma passagem pouco conhecida da História do Brasil. Do início da exploração dos seringais até o desmatamento da Floresta Amazônica, que culminou com o assassinato do seringalista Chico Mendes, o folhetim traz à tona a discussão sobre a preservação da Amazônia. "A minissérie poderia se chamar 'Como a Amazônia se tornou brasileira'. É a produção mais rica de imagens e histórias que já fizemos. Grande parte das cenas foi regida pela natureza", valoriza o diretor Marcos Schechtman. Por trás das cenas

A minissérie Amazônia - De Galvez a Chico Mendes impressiona pelos números. Foram 20 toneladas de equipamentos levados para locações no Acre e no Amazonas. Além disso, 16 mil peças de figurino foram confeccionadas para as externas na região Norte do país, onde foram gravadas 350 cenas. No Acre, a produção da trama contratou 270 profissionais para trabalhos de marcenaria e carpintaria, entre outros. Durante 72 dias, a equipe gravou várias cenas na região, que contavam com até 700 figurantes.

Para gravar as tomadas de guerra, a equipe de produção chegou a confeccionar 400 sacos de palha de arroz para as trincheiras. Já na cidade cenográfica de 2 mil m² construídos, foram utilizados mais de 500 metros cúbicos de madeira reflorestada. "Sofremos as mesmas dificuldades operacionais dos colonizadores da Amazônia", exagera o diretor Marcos Schechtman.

Mas no Rio, na cidade cenográfica no Projac, com 5.500 m², os números não ficam aquém. São 38 cenários construídos apenas para a primeira fase da minissérie. "O mais legal é que a cidade cenográfica que construímos no Acre vai virar um museu da História do Acre quando terminar a minissérie. Será uma exposição permanente", comemora a cenógrafa Juliana Carneiro.

Instantâneas
# No período áureo dos seringais, no início do Século XX, alguns coronéis da borracha chegavam a mandar lavar suas roupas na Europa.
# Um dos destaques do figurino é o "cintão" usado pela personagem Maria Ninfa, uma parteira vivida por Regina Casé. Ela usa um apoio para facas, ervas, crucifixos e diversos utensílios de "cura" para realizar partos e fazer preces. # O figurino de Lola, personagem de Vera Fischer, foi inspirado nos pavões. "Sua profusão de rendas e apliques é muito sexy", garante a figurinista Emília Duncan.
# Glória Perez morou no Acre até os 16 anos de idade. Depois mudou-se para Brasília e para o Rio, onde vive.
# A autora Glória Perez utiliza na trama algumas referências dos romances O Seringal, escrito por seu pai, Miguel Jerônymo Ferrante, e Terra Caída, de José Potyguara. As obras contam histórias que se passam no Acre.

Quem é Quem
Luiz Galvez Rodrigues de Arias (José Wilker) - Primeiro líder da História do Acre. Um espanhol de família tradicional que ocupou cargos diplomáticos na Europa. Refinado, culto e poliglota, além de um típico ¿Don Juan¿, decidiu vir para o Brasil em busca do Eldorado da Amazônia. Em Manaus, reencontra uma antiga amante, Lola, com quem abre um cabaré, mas se apaixona pela prima-dona Maria Alonso.
Plácido de Castro (Alexandre Borges) - Segundo líder da História do Acre. Este jovem gaúcho sério, austero e rígido é um militar por vocação. Deixa o Rio e a carreira militar para trabalhar na demarcação de seringais na Amazônia. Lidera a revolta acreana após a retomada do estado pela Bolívia.
Chico Mendes (2ª fase - Brunno Abrahão, 3ª fase - Cássio Gabus Mendes) - Líder da História do Acre. Alertou o mundo para a preservação da Amazônia, que vinha sendo desmatada desde a década de 70, quando os seringais começaram a ser destruídos. Teve papel importante na fundação do Conselho Nacional dos Seringueiros e foi condecorado pela ONU. Foi assassinado em 1988.
Maria Alonso (Christiane Torloni) - Prima-dona da Companhia de Zarzuela, contratada por Galvez para se apresentar no Acre. Se apaixona por Galvez, embora seja casada com Gianni. Se separa do marido e larga a carreira para ficar ao lado do amante no Brasil.
Lola (Vera Fischer) - Uma cortesã esperta e ambiciosa. Apaixonada por Galvez, abre com ele um cabaré em Manaus, freqüentado por muitas personalidades locais, como "coronéis", políticos e intelectuais.
Gianni (Osmar Prado) - Diretor da Companhia de Zarzuela. Ama Maria Alonso e morre de ciúmes quando descobre o envolvimento da dançarina com Galvez. Os dois duelam pelo amor de Maria Alonso.
Coronel Firmino Rocha (José de Abreu) - Dono do seringal Santa Rita, possui uma das maiores fortunas da região. É um típico "coronel" da borracha. Casado com Júlia, é pai de Tavinho e Augusto. Tem um caso com a dançarina Justine, com quem terá um filho.
Dona Júlia (Malu Valle) - Casada com Firmino, é uma mulher bonita, que se mantém dentro dos limites do que lhe é permitido pelos códigos de comportamento da época. Mora em Manaus e não gosta da vida no seringal. Por isso, raramente acompanha o marido. É irmã de Beatriz.
Tavinho (Paulo Nigro) - Filho de Firmino e de Dona Júlia. Desde criança estudou em colégios da Europa e não sente a menor afinidade com os negócios do pai, ao contrário de seu irmão caçula, Augusto. Por ser requintado, parece afeminado aos olhos dos homens da região. Se envolve com Delzuite no período em que fica no seringal do pai.
Augusto (1ª fase - Ronaldo Dappes, 2ª fase - Humberto Martins) - Filho de Firmino e de Dona Júlia. Adora a vida no seringal, mas é forçado a estudar na Europa. Quando criança, conhece Bento, de quem se torna grande amigo. Ele e Bento serão os únicos personagens que permanecerão em todas as fases da minissérie.
Justine (1ª fase - Leona Cavalli, 2ª fase - Vera Holtz) - Dançarina do cabaré de Lola. Na verdade, se chama Justina, mas é aconselhada por Lola a fingir ser francesa para agradar os clientes. Apaixona-se pelo coronel Firmino, de quem engravida.
Bento (1ª fase - Thiago Oliveira, 2ª fase - Emílio Orciollo Neto, 3ª fase - Francisco Cuoco) - Filho de Bastião e Angelina. Conhece Augusto, filho de Firmino, ainda dentro do barco que o leva para o seringal. Se apaixona por Ritinha, filha de Maria Ninfa.
Leôncio (2ª fase - Dan Stulbach) - Filho de Firmino com Justine. Vai ser criado por Dona Júlia que, embora conheça a procedência do menino, fez promessa de que criaria a primeira criança que aparecesse em seu caminho para que seu filho Tavinho se curasse da malária.
Genesco (Eriberto Leão) - É o irmão mais novo de Plácido de Castro. Mora no Rio. Depois da conquista do Acre, vai viver com Plácido e se torna seu braço direito. Luta por justiça depois do assassinato do irmão.
Beatriz (1ª fase - Debora Bloch, 2ª fase - Irene Ravache) - Irmã de Júlia, mora no Rio. É casada com Gomes, mas se envolve com Galvez e é abandonada pelo marido, que vai para Portugal. Ao se ver sozinha, decide ir para Manaus morar com a irmã e avisa a todos que ficou viúva.
Rodrigo de Carvalho (Werner Schunemann) - Vai contra a comitiva boliviana que chega para tomar posse do Acre, participando da Expedição dos Poetas, que o proclamam Presidente do Estado Independente do Acre. Posteriormente, vai se aliar a Plácido de Castro na conquista do território acreano.
José de Carvalho (Juca de Oliveira) - Foi o primeiro a expulsar os bolivianos do território acreano, sem derramar uma só gota de sangue. Por isso é punido pelo governador do Amazonas, Ramalho Jr, com o exílio e um processo. É advogado e amigo de Firmino.
Delzuite (1ª fase - Daniela Pinto, 2ª fase - Giovanna Antonelli) - Filha de Bastião e Angelina. Será pedida em casamento por Viriato e aceitará a proposta. Se apaixona por Tavinho, de quem vai engravidar. Ela inventa que o filho é do boto para garantir que não transou com nenhum homem. Vai se aventurar em Manaus.
Bastião (Jackson Antunes) - Casado com Angelina, pai de Delzuite e Bento. Saiu da seca nordestina para tentar a vida no Acre com a família.
Angelina (Magdale Alves) - Casada com Bastião, mãe de Delzuite e Bento. Revive a cena protagonizada pela heroína acreana Angelina Gonçalves.
Viriato (Ilya São Paulo) - Seringueiro que se apaixona e casa com Delzuite, mesmo sabendo que ela está grávida do boto. Quando abandonado pela moça, se casa com Diná.
Amelinha (Betty Gofman) - É trazida ao seringal pelo coronel Firmino com outras mulheres para entreter os seringueiros. Casa-se com o seringueiro Honório para se estabilizar no Acre e resolver assuntos pendentes na região. Desperta a ira das outras mulheres do seringal por ser metida e arrogante.
Padre José (Antônio Calloni) - Personagem inspirado numa figura real e muito querida por todo o Acre: o padre José. Muito humano, faz partos, distribui remédios e conselhos. Adora caçar, pescar e é conhecido pelo excesso de imaginação, que o leva a contar histórias mirabolantes para o deleite dos seringueiros e de quem o escuta.
Maria Ninfa (Regina Casé) - É a parteira da região, casada com Genival e mãe de Ritinha. É a madrinha de todas as crianças de quem fez o parto e por isso é muito querida e respeitada por todos. Engraçada, vive brigando com Padre José.
Ritinha (Brendha Hadad) - Filha de Genival e Maria Ninfa. Vai se apaixonar por Bento, mas, por um acaso do destino, não se casam.
Genival (Tonico Pereira) - Um seringueiro do Bom Destino. Marido de Maria Ninfa e pai de Ritinha, vai ser perseguido por Amelinha por causa de uma confusão no passado.
 

TV Press
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